Desmantelado em França grupo suspeito de pretender atacar locais de culto

Fontes judiciais, próximas ao processo, avançam que os ataques visavam locais de culto judeus ou muçulmanos.

Desmantelado em França grupo suspeito de pretender atacar locais de culto

As autoridades francesas detiveram cinco pessoas, entre setembro e maio, suspeitas de pertencer a um grupo de ultra-direita que pretendia atacar locais de culto em França. O inquérito judicial desvendou um projeto de ataque «com contornos mal definidos» e «suscetível de visar um local» de culto em França, referiu esta terça-feira fonte judicial citada pela agência noticiosa AFP.

«Locais de culto judeus ou muçulmanos» foram evocados por este grupo «de ideologia próxima da área neonazi», segundo fonte próxima do processo. O caso inclui-se numa informação judicial desencadeada em 8 de setembro por infrações à legislação sobre as armas e o indiciamento de um primeiro suspeito, posteriormente colocado em prisão preventiva, precisou a mesma fonte judicial.

Dois outros homens, incluindo um menor, foram por sua vez indiciados em outubro. «As investigações deixam supor que alimentavam um projeto, de contornos mal definidos, de passagem ao ato violento suscetível de visar um local e culto», segundo a fonte judicial.

A secção antiterrorista da procuradoria de Paris confiou as investigações a um juiz de instrução antiterrorista «através de um requisitório complementar das atas de associação de malfeitores terroristas, transporte, detenção e fabrico de engenhos explosivos e relação com uma organização terrorista, detenção não autorizada de armas».

De seguida, dois indivíduos, incluindo um menor, foram detidos e indiciados em 23 de maio por «associação de malfeitores terrorista criminosa» e libertados sob controlo judicial.

Desde 2017, os serviços de luta antiterrorista já efetuaram pelo menos três outras operações nos círculos da extrema-direita, cujo ressurgimento está a ser encarado seriamente pelas autoridades e mesmo que as suas capacidades de ação sejam consideradas «limitadas», segundo uma nota dos serviços de informações internos, precisa a AFP.

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