Detido suspeito de atear fogos na serra do Montejunto

Um homem, de 31 anos, suspeito da autoria de vários incêndios na serra do Montejunto, nos concelhos do Cadaval e Alenquer (Lisboa), foi detido pela Polícia Judiciária, anunciaram hoje a GNR e a PJ.

Detido suspeito de atear fogos na serra do Montejunto

Em comunicado, as forças policiais revelam que o suspeito de atear fogos na serra do Montejunto usava “artefactos preparados para retardarem a ignição, [e] terá ateado diversos incêndios”. A investigação da PJ, desenvolvida em articulação com a GNR, ainda não apurou o número exato de fogos que o suspeito terá ateado, mas todos terão ocorrido “em zona florestal, confinante com zona urbana” e “teriam atingido proporções mais gravosas caso não tivesse havido rápida intervenção dos meios de combate”.

“A atuação do suspeito colocou em perigo a integridade física e a vida de pessoas, provocou riscos ambientais relevantes, para além de ter provocado elevados custos no emprego de meios e recursos no combate aos diversos fogos e à supressão das ignições”, lê-se na nota. A investigação contou com o apoio do Grupo de Trabalho de Redução de Ignições (estrutura composta pela PJ, GNR e Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas), do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente e do Laboratório de Polícia Científica.

Nos últimos dois meses, a serra do Montejunto foi devastada por vários incêndios, um deles ocorrido no dia 3, na localidade de Póvoa, na freguesia de Cadaval e Pero Moniz, e que chegou a mobilizar 146 operacionais, 44 veículos e seis meios aéreos. Em 12 de julho, um outro fogo deflagrou na Espinheira, também no concelho do Cadaval, e só foi dominado ao fim de nove horas de combate, tendo envolvido mais de meio milhar de bombeiros, centena e meia de veículos e 13 meios aéreos. Nos dois incêndios, arderam cerca de 402 hectares, disse na altura o comandante sub-regional do Oeste, Carlos Silva.

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