Uma idosa de 85 que sofria de Parkinson, diabetes, hipertensão arterial e insuficiência respiratória, optou, em dezembro de 2016, por celebrar um contrato de alojamento com uma residência sénior, em Fiães, Santa Maria da Feira. Por todos os serviços pagaria 1100 euros mensais. Foi aí que travou amizade com a dona do lar, de 52 anos, que quando soube que se tratava de alguém com posses, decidiu delinear um plano para se apoderar da riqueza da idosa.

Com ajuda de uma advogado, convenceu a idosa a assinar uma procuração para lhe dar poderes para lhe dar todo o seu dinheiro. Passou a gerir as contas da idosa e roubou-lhe perto de 80 mil euros. Com o estado de saúde da idosa cada vez mais debilitado – tendo mesmo sido hospitalizada – arguida e advogado elaboraram novo plano: com a idosa numa cama de hospital forçaram-na a assinar uma escritura de doação dos imóveis à dona do lar. Esta dizia que se tratava de um testamento e a vítima acabou por ser enganada. Doou 19 prédios, num valor global superior a 182 mil euros.

Feitas as contas, a mulher foi burlada em 262 mil euros. A dona do lar está acusada de três crimes de burla qualificada e já está ser ouvida no Tribunal de Santa Maria da Feira. O advogado está acusado dos mesmos crimes, mas será julgado num processo à parte.

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