‘Drones’ e misseis ucranianos matam quatro e ferem 127 na Crimeia e território russo

Um ataque aéreo ucraniano contra Sebastopol, controlada pela Rússia, na península da Crimeia, provocou pelo menos três mortos e 124 feridos, que as autoridades denunciaram como um “ataque terrorista” por ter ocorrido durante um feriado ortodoxo.

'Drones' e misseis ucranianos matam quatro e ferem 127 na Crimeia e território russo

“De acordo com os dados operacionais, como resultado do bombardeamento (…) de Sebastopol, 124 pessoas, incluindo 27 crianças, ficaram feridas e sofreram lesões de gravidade variável”, disse o vice-ministro da Saúde Alexei Kuznetsov.

O Ministério da Defesa russo afirmou que o ataque foi levado a cabo com pelo menos quatro mísseis ATACMS, de fabrico norte-americano e armados com ogivas de fragmentação, quatro dos quais foram diretamente intercetados pelo escudo de defesa aérea da cidade.

Um quinto míssil, no entanto, foi apenas desviado da sua rota original e acabou por atingir a cidade.

Além disso, fragmentos dos mísseis intercetados acabaram por cair na zona costeira do bairro de Uchkuevka, na parte norte de Sebastopol, onde se situa uma das maiores praias da cidade.

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, anunciou a abertura de uma investigação sobre terrorismo, depois de condenar um ataque que ocorreu durante a festa ortodoxa da Santíssima Trindade, uma data “especificamente escolhida por Kiev” para cometer um “crime ritual” contra a população.

“Procuraremos obter a condenação internacional. Faremos tudo o que for possível para que a comunidade internacional seja informada dos últimos crimes do regime de Kiev”, acrescentou.

A iniciativa ucraniana foi ainda marcada pelo ataque com três ‘drones’ [aparelhos aéreos não tripulados] que provocou um morto e três feridos na região russa de Belgorod, junto à fronteira com a Ucrânia.

O ataque teve como alvo a cidade de Grayvoron, disse o governador regional Vyacheslav Gladkov.

A Ucrânia, que enfrenta uma ofensiva russa há dois anos, retalia regularmente atacando regiões russas ou zonas ocupadas.

Em particular, as suas tropas tentam destruir os navios de guerra russos e conseguem-no regularmente.

Entre as suas proezas armadas desde o início do conflito, as forças ucranianas bombardearam o quartel-general da frota do mar Negro em setembro de 2023, mais de um ano depois de terem conseguido afundar o Moskva, o navio-almirante da frota russa, na primavera de 2022.

EL // ACL

By Impala News / Lusa

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