Escolas ignoram critérios de avaliação para inflacionar notas
Inspeção de Educação realizou um relatório onde revela as estretégias usadas pelas escolas para inflacionar as notas dos alunos.
O relatório da Inspeção-Geral de Educação (IGEC) retrata as discrepâncias entre as notas internas dos alunos e as classificações nos Exames Nacionais nas escolas portuguesas. Este revela as estratégias utilizadas pelos docentes para inflacionar as notas dos alunos.
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Segundo o Público, é na oralidade e atividades laborais que são desvalorizados os próprios critérios internos com o intuito dos estudantes obterem classificações mais elevadas. «Por não terem testes ou critérios mesuráveis permitem suportar as avaliações feitas pelos professores», afirma o jornal.
A Português, por exemplo, a oralidade tem um peso de cerca de 20% da nota final. Muitas vezes, é atribuído aos alunos a classificação 20, a máxima na escala. Já a Biologia e Geologia ou Físico-Química, com uma vertente «prática e experimental» mais acentuada, é igualmente frequente a atribuição da classificação máxima sem justificação devidamente sustentada.
Assiduidade, pontualidade e comportamento
Outro dos fatores é o critério que engloba a assiduidade, a pontualidade e o comportamento. Com um peso de 5 a 30% da nota interna final, os alunos têm de novo muitas vezes a classificação máxima.
Esta é a primeira iniciativa do género lançada pela IGEC. Em 2015 tinham sido realizados apenas inquéritos junto de estabelecimentos de ensino que apresentavam maiores discrepâncias nas classificações atribuídas aos estudantes.
O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, considera que este relatório é «um contributo indiscutível para reforçar a transparência e a legibilidade do trabalho desenvolvido nas escolas». O ministro sublinha ainda que o Ministério tem dedicado «permanente atenção» ao assunto.
Neste grupo de escolas com maiores inflações de notas, os colégios privados apresenta maior incidência.
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Texto: Redação WIN - Conteúdos Digitais
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