Escrava sexual condenada a prisão por matar pedófilo vai ser libertada
Adolescente foi condenada em 2004 a prisão perpétua por matar pedófilo que abusava dela. Dezoito anos depois, sai em liberdade mais cedo do que o previsto.
Brown foi condenada, em 2004, com apenas 16 anos, a prisão perpétua por matar pedófilo que abusava dela. Depois de cumprir 18 anos da pena, vai ser libertada, avança o governador do Tennessee. Se este caso fosse julgado atualmente, os contornos seriam diferentes. Se o julgamento ocorresse hoje, Brown seria julgada como uma vítima de tráfico sexual. Antes, Cyntoia Brown só poderia ser elegível para liberdade condicional em 2055.
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“Esta decisão segue-se a uma consideração cuidada daquele que é um caso trágico e complexo”, afirmou o governador. “A transformação deve ser acompanhada por esperança”, referindo-se às mudanças e amadurecimento por que Brown terá passado neste período de prisão, que implicou estudar e apoiar jovens em situações de risco. A jovem já se manifestou e agradeceu ao governador “pelo ato de misericórdia em dar-me uma segunda oportunidade”. “Vou fazer tudo o que puder para justificar a sua fé em mim”, afirmou numa declaração divulgada pelos advogados.
Violada por agente imobiliário
O crime remonta a 2004, altura em que matou Johnny Allen, agente imobiliário de 43 anos. O pedófilo obrigava-a a prostituir-se e abusava dela. Brown admitiu o crime premeditado e contou que disparou porque “não aguentava mais ser violada”. Alvejou a vítima enquanto ela dormia e roubou-lhe dinheiro, armas e uma carrinha, antes de fugir. No julgamento, afirmou que o pedófilo já a tinha tentado matar, mas a confissão não atenuou a pena e o homicídio não foi considerado autodefesa.
Também contou que roubou o dinheiro por ter “medo de regressar sem nada” para junto do proxeneta. Apesar dos 16 anos, foi julgada como adulta e, por isso, condenada a pena máxima, prisão perpétua. A sentença prevista inicialmente indicava que só poderia sair em liberdade condicional quando cumprisse 69 anos.
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