Ex-segurança de famosos conta como falsificou documentos e enganou a polícia [vídeo]

Lembra-se dos casos Passerelle e Máfia da Noite? Paulo Baptista saiu agora da prisão e faz revelações inéditas. Conta como fugiu do país, quem o ajudou e quanto pagou pelos documentos falsos.

Em 2009, o caso Passerelle deu que falar com vários indivíduos acusados de estarem ligados a uma rede de casas de striptease, onde foram detetados indícios de fraude fiscal. No mesmo ano, o país foi confrontado com outro processo, Máfia da Noite, que levou à barra do tribunal 14 pessoas, acusadas de extorquir dinheiro a proprietários de estabelecimentos de diversão noturna em Lisboa em troca de serviços de segurança. Paulo Baptista, que muitos conheciam na época pela sua ligação a famosos – como Alexandre Frota, Maya e Cinha Jardim – foi condenado em ambos.

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Convicto da sua inocência no segundo processo, o ex-segurança resolveu fugir. Arranjou documentos falsos e andou pela Europa, até se estabelecer em Ibiza, onde viveu durante dois anos. Era conhecido por Joe e fazia uma vida normal, mas um dia – por acidente, segundo garante – matou um homem e fugiu novamente.

Desta vez, a fuga durou apenas três meses, porque resolveu entregar-se à polícia. Foi levado para Espanha e esteve preso preventivamente durante dois anos e meio. Após este período, foi extraditado para Portugal, onde cumpriu uma pena de sete anos e três meses, num cúmulo jurídico dos dois processos em Portugal e o de Espanha.

Agora, em liberdade condicional desde 19 de outubro, Paulo Baptista recorda numa entrevista exclusiva os dias em que andou fugido, o seu envolvimento nos crimes pelos quais foi condenado e ainda revela os planos que tem para o futuro.

«Da Alemanha para a Rússia o trajeto foi feito numas condições sub-humanas»

Apesar de se considerar inocente, Paulo Baptista começou a preparar a sua fuga de forma antecipada. No dia da sentença, 30 de abril de 2009, saiu do país. «Eu ausento-me de Portugal, direto para Espanha. Depois de Espanha fui para França. De França fui para Alemanha e sempre de carro. Não sempre como o mesmo carro…. Depois da Alemanha fui para a Rússia e depois de estar na Rússia, cerca de um mês, recebo uma chamada para ir para Ibiza para abrir o Ushuaïa», explicou. «Da Alemanha para a Rússia o trajeto foi feito numas condições sub-humanas», referiu Paulo Baptista.

Este trajeto apenas foi possível com documentos falsos. De acordo com o ex-segurança, estes documentos, são fáceis de adquirir. Basta ter dinheiro e contactos certos. «Para ter documentos falsos tem de se ter os conhecimentos certos. Isto é tudo pelo mercado negro. Há os documentos bons e os documentos maus. Eu tive sorte porque o meu contacto arranjava documentos bons e deu para estar aqueles anos todos a viajar dentro e fora de Europa», alegou o ex-segurança.

«Depois de já estar em Ibiza, para fazer negociações de tudo, andei sempre com a minha documentação. Aliás, eu em Ibiza como diretor de segurança dos nossos espaços eu tinha reuniões com as altas patentes da polícia por causa dos empregados. Por isso, os meus documentos eram bons», disse.

Questionado sobre o valor dos documentos, Paulo Baptista revela quanto pagou. «Foi cerca de três mil euros. Depois paguei mais mil e quinhentos por um passaporte», revelou.

Leia a entrevista completa na revista TV 7 Dias!

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