Exército israelita mata 25 palestinianos nos últimos ataques na Faixa de Gaza
O exército israelita matou pelo menos 25 palestinianos, 17 dos quais no norte do território, confirmaram hoje fontes locais à agência Efe, em novos bombardeamentos lançados contra a devastada Faixa de Gaza.
As tropas de Benjamin Netanyahu continuam a bombardear quase diariamente o enclave palestiniano, sendo a zona norte a mais atingida e onde prossegue um cerco militar que dura há mais de três meses e que, até agora, causou mais de 4.800 mortos e desaparecidos, segundo as autoridades palestinianas.
Além disso, nas últimas 24 horas, segundo as mesmas fontes locais, uma dezena de pessoas morreram e trinta ficaram feridas, na sua maioria crianças, na cidade de Jabalia, no norte do país, depois de um ataque aéreo israelita ter atingido uma das salas de aula da escola Al Halawa.
Na cidade de Gaza, também no Norte, mas fora da área sitiada pelas tropas, um bombardeamento aéreo de uma casa no bairro de Shujaiya matou duas pessoas.
Na zona de Al Daraj, também na cidade de Gaza, quatro pessoas foram mortas depois de o exército ter bombardeado um grupo de cidadãos que se encontravam na rua Al Nafah.
No centro do enclave, as equipas de defesa civil recuperaram pelo menos três corpos em diferentes zonas do campo de Al Bureij.
Em Deir Al Balah, também no centro, um ataque aéreo israelita contra uma tenda que albergava pessoas deslocadas matou três pessoas e feriu várias outras.
No domingo, o exército ordenou a evacuação de civis em algumas zonas do campo de refugiados de Nuseirat, outro local no centro de Gaza, antes de o bombardear, alegando que as milícias palestinianas tinham atacado a partir desse ponto.
No sul, Israel atacou a cidade oriental de Khan Younis, onde pelo menos uma pessoa foi morta e duas outras ficaram feridas.
Estes ataques surgem numa altura em que os rumores de um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza voltaram a ganhar força nos últimos dias.
Fontes do Hamas afirmaram aos meios de comunicação árabes que as negociações estão “essencialmente concluídas”, faltando apenas que os mediadores recebam luz verde de Netanyahu.
O primeiro-ministro israelita enviou a sua equipa de negociação, liderada pelo chefe da Mossad, David Barnea, a Doha no sábado para continuar as negociações indiretas com o grupo palestiniano para um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Em mais de 15 meses de guerra, apenas se chegou a um acordo de tréguas de uma semana, em novembro de 2023, no qual 105 reféns foram trocados por 240 prisioneiros palestinianos, enquanto um cessar-fogo está agora a ser negociado por fases, a primeira das quais prevê a libertação de 34 reféns, também em troca de um número de prisioneiros a determinar.
O conflito em curso em Gaza foi desencadeado após um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.
Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 46 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
ALN // ACL
By Impala News / Lusa
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