Falha de energia para julgamento de suspeitos de tráfico de droga na Guiné-Bissau

Uma falha momentânea de energia elétrica numa grande parte da capital da Guiné-Bissau obrigou hoje à paragem do julgamento de cinco arguidos estrangeiros detidos num avião com mais de 2,6 toneladas de droga no aeroporto internacional.

Falha de energia para julgamento de suspeitos de tráfico de droga na Guiné-Bissau

O julgamento estava prestes a ser iniciado esta manhã em Bissau. Quando o coletivo de cinco juízes se concentrava nas questões prévias, a energia elétrica falhou na sala de audiências da Vara Crime e Transgressão do Tribunal Regional de Bissau.

Trata-se do julgamento da maior apreensão de droga ocorrida na Guiné-Bissau, a 07 de setembro, numa operação coordenada pela Polícia Judiciária (PJ) guineense em cooperação com parceiros internacionais.

Uma fonte da Empresa de Eletricidade e Águas da Guiné (EAGB) disse à Lusa que “as falhas no fornecimento são normais”, numa altura em que a empresa procede a testes no novo sistema de produção a partir de uma barragem na Guiné-Conacri.

A mesma fonte adiantou que a “situação será ultrapassada a qualquer momento”.

Com a sessão interrompida, os cinco arguidos permaneceram na sala da audiência, acompanhados de uma equipa de advogados guineenses.

Os detidos são dois cidadãos do México, um colombiano, um cidadão do Equador e um do Brasil. O MP acusa-os de “tráfico internacional de estupefacientes, associação criminosa e aterragem irregular de uma aeronave no aeroporto” internacional Osvaldo Vieira.

Os acusados estão em prisão preventiva há mais de dois meses, desde a descoberta da droga no avião que aterrou no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, na capital guineense. 

Fonte judicial ligada ao processo indicou à Lusa que os cinco indiciados “não quiseram prestar declarações” durante a fase das investigações e as autoridades “ainda não conseguiram descobrir quem é, de facto, o dono da droga”.

A Polícia Judiciária (PJ) guineense informou que o avião, que aterrou em Bissau no dia 07 de setembro, era oriundo da Venezuela, embora as autoridades daquele país tenham refutado a alegação, salientando que o aparelho “nunca tinha pisado o solo Venezuelano”.

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou, em diversas ocasiões, que o aparelho será vendido e as receitas revertidas para os cofres públicos do país.

A PJ procedeu, em 19 de setembro, na localidade de Safim, perto de Bissau, à incineração da droga.

MB // JMC

By Impala News / Lusa

Impala Instagram


RELACIONADOS