Família de mulher torturada por arcebispo pede indemnização milionária
A família de Maria Amélia Serra, noviça do Convento de Requião, em Vila Nova de Famalicão, que se suicidou em 2004, pede uma indemnização cível de 335 mil euros.
A família de Maria Amélia Serra, noviça do Convento de Requião, que se suicidou em 2004, pede uma indemnização cível de 335 mil euros. Os familiares da vítima acreditam que em causa estão os 20 anos de tortura que terá sofrido às mãos de um padre e três religiosas.
A convicção da família é de que o arcebispo de Braga e a Arquidiocese são também responsáveis pelos maus-tratos. Nesse sentido, devem ser condenados a pagar a indemnização cível com os restantes arguidos.
“Demitiram-se conscientemente do seu dever de vigilância relativamente à instituição e fizeram-no perante as numerosas e sucessivas queixas e denúncias recebidas quer por parte das próprias vítimas, quer dos seus familiares”, começa por dizer a família.
Arcebispo não contesta pedido de indemnização
O convento onde Maria Amélia foi escravizada e torturada “responde, pelo menos canonicamente perante D. Jorge Ortiga e a Arquidiocese de Braga. Sofreu as dores e o mal-estar das violentas e cobardes agressões que lhe foram infligidas”, acrescentam.
Tal como escreve o CM, apesar do arcebispo não ter sido constituído arguido pelo Ministério Público, não contestou o pedido de indemnização cível, que vai agora ser apreciado em julgamento.
O padre Joaquim Milheiro e três freiras responsáveis pelo convento estão acusadas de nove crimes de escravidão com agressões físicas, injúrias, pressões psicológicas e castigos às noviças.
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