É mulher, portuguesa e faz parte da lista dos mais ricos do mundo feita pela revista Forbes anualmente. A viúva de Américo Amorim, Fernanda Amorim, é o único número a representar Portugal.

Na posição 379, e com um património avaliado em mais de 4,2 mil milhões de euros, Fernanda Amorim subiu três lugares em relação ao ano passado – ocupava o 382 lugar. No entanto, em termos monetários, a família regista um património com um valor inferior aos 5,1 mil milhões de euros do ano anterior.

Pelo segundo ano consecutivo, Fernanda Amorim é a única portuguesa na lista. Em 2017, encontrava-se também presente o nome de Américo Amorim, Alexandre Soares dos Santos e Belmiro de Azevedo. Este ano há menos 55 pessoas na lista – 2153 – do que no ano anterior. A fortuna de 46% dos multimilionários diminui em relação ao ano anterior. A lista é liderada por Jeff Bezos, fundador da Amazon, com uma fortuna de mais de 115 mil milhões de euros.

Quem é Fernanda Amorim, a portuguesa mais rica do mundo?

Filha de um médico, Maria Fernanda Ramos Oliveira Amorim nasceu em 1935 em Grijó, perto de Vila Nova de Gaia. Em 1969, casou com Américo Amorim, o homem mais rico de Portugal, sob o regime de separação de bens.

Antes de casar, Américo Amorim tinha apenas o nome dos irmãos no seu testamento, o que acabou por mudar depois do matrimónio com Fernanda. Num dos seus sete testamentos, que foi alterando com o passar dos anos, determinava que a mulher só poderia ocupar-se da gestão dos negócios familiares em regime part-time.

A família Amorim controla a Galp através da Amorim Energia, sediada nos Países Baixos. Esta sociedade é detida pela Power Oil & Gas Investments (35%) e pela Amorim Investimentos Energéticos (20%), sociedades de Américo Amorim. Desde a morte de Américo Amorim, em 2017, que a mulher e as suas três filhas herdaram a sua fortuna. A petrolífera conta como chairman Paula Amorim, filha mais velha do casal.

Para além dos negócios familiares, Fernanda Amorim fundou dois museus: um dedicado ao vinho do Porto e outro às artes e ofícios. Escreveu um livro sobre o passado da sua família no Reino Unido, intitulado de «História do meu avô António Alves de Oliveira Júnior», e dedica parte do seu tempo ao trabalho de colecionadora.

 

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