Filha de general iraniano morto ameaça Trump e diz que está a chegar um «dia sombrio» para os EUA
Donald Trump referiu que Soleimani estava a planear «ataques iminentes e sinistros» contra diplomatas e militares norte-americanos e que o mandou matar para «impedir uma guerra».
Zeinab Soleimani, filha do general iraniano Qassem Soleimani morto num ataque dos Estados Unidos, em Bagdad, capital iraquiana, ameaçou Trump e deixou um alerta.
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Durante as cerimónias fúnebres do general, realizadas esta segunda-feira, 6 de janeiro, Zeinab disse que está para chegar um «dia sombrio» para os Estados Unidos. «Trump louco, não pense que tudo acabou com o martírio do meu pai», revelou, citada pela BBC.
Também o Presidente do Irão, Hassan Rouhani, proferiu ameaças durante uma visita aos familiares do general iraniano. «Os americanos não perceberam verdadeiramente o erro grave que cometeram. A vingança pelo seu sangue será reivindicada no dia em que as mãos imundas da América forem cortadas para sempre da região.»
Trump revela que o general iraniano morreu «para impedir uma guerra»
«Agimos na última noite para parar uma guerra. Não atuámos para começar uma guerra», vincou Trump, durante uma declaração aos jornalistas na sua residência em Palm Beach, estado da Florida, acrescentando que está «pronto e preparado» para tomar «a decisão que seja necessária» mediante a resposta do Irão ao ataque.
Trump diz que general iraniano estava a planear ataque contra militares americanos
Donald Trump referiu que Soleimani estava a planear «ataques iminentes e sinistros» contra diplomatas e militares norte-americanos. «Apanhámo-lo no ato e neutralizámo-lo», declarou o Presidente dos Estados Unidos, adiantando que «o reino de terror [de Soleimani] acabou».
Trump considerou ainda que o general iraniano «fez da morte de pessoas inocentes uma paixão doentia» e que «muitas pessoas poderiam ter sido salvas» se o comandante da força de elite dos Guardiães da Revolução tivesse sido morto mais cedo.
Os Estados Unidos enviaram mais 3 mil militares para o Médio Oriente, após a morte daquele general, num ataque aéreo ordenado pelo Presidente norte-americano.
Do lado do Iraque, o primeiro-ministro demissionário, Adel Abdel Mahdi, advertiu que este assassínio vai «desencadear uma guerra devastadora no Iraque» e o grande ayatollah Ali al-Sistani, figura principal da política iraquiana, considerou o assassínio do general iraniano Qassem Soleimani «um ataque injustificado» e «uma violação flagrante à soberania iraquiana».
Lusa
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