Fisiculturista mata os pais e atira-os ao rio: «Só queria paz»
Benno Neumair, um fisiculturista italiano de 31 anos, confessou ter morto os pais, e atirado os corpos ao rio Ádige, em Itália.
Benno Neumair, um fisiculturista italiano de 31 anos, confessou ter morto os pais e atirado os corpos ao rio Ádige, em Itália.
O homicídio ocorreu em Bolzano, quando Peter e Laura, ambos professores, desapareceram sem deixar rasto. O corpo da mulher foi encontrado no rio Ádige com sinais de estrangulamento e o do homem nunca chegou a aparecer.
O fisiculturista confessou o crime assumindo que as discussões com o pai eram frequentes e que isso o levou a tomar a decisão de terminar com a vida dos progenitores. Os meios de comunicação italianos, como o Corriere della Sera, descrevem o caso como “os 20 minutos de loucura de Benno”.
“O meu pai costumava acusar-me de ser inútil. Senti-me tão encurralado, sem qualquer saída. Refugio-me no meu quarto e sou pressionado mesmo que queira estar em paz. Eu só queria silêncio. Silenciei-o, peguei numa corda de escalada onde tenho as ferramentas”, descreveu o italiano ao ser interrogado.
Benno colocou os corpos na bagageira do carro do pai e atirou-os ao rio. Depois foi para casa de uma amiga, Martina, com quem passou a noite.
O homem é descrito por alguns familiares como “manipulador“. Estava na casa do pai naquele dia e terá discutido por diversas vezes com o mesmo. Primeiro porque teve de levar o cão da família a passear, depois porque, segundo o pai, precisava de fazer mais em casa.
Pedido financeiro do pai foi a gota de água
Benno afirma que foi para o quarto para evitar discutir, “como acontecia sempre. Liguei o computador para fazer umas aulas do curso de segurança no trabalho e depois vi Netflix. Acabei por adormecer, porque estava muito cansado”. Uma nova discussão, desta vez por dinheiro, foi a gota de água. Peter, o pai, queria que Benno contribuísse mais financeiramente para a casa.
“Dava 350 euros de aluguer aos meus pais. O meu pai queria que passasse a pagar 700 euros a partir de janeiro que é um terço da renda. Respondi que não era correto. O meu pai insistiu que eu tinha de sair de casa“, descreve o homicida.
Perante a inflexibilidade do pai, Benno começou a estrangular o pai e posteriormente a mãe.
“Não sei se o estrangulei por trás ou pela frente. Só me lembro que apertei com muita força. Depois fiquei sentado, ou deitado no corredor. Lembro-me que naquele momento o meu telemóvel tocou, provavelmente atendi. Aí lembro-me que fiquei agitado de novo. Fui em direção à porta, a minha mãe entrou, eu ainda estava com a corda na mão e fiz a mesma coisa, sem sequer me despedir“, admitiu o homem.
O fisiculturista está acusado de homicídio e ocultação de cadáver.
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