As fotografias polémicas em Chernobyl que obrigaram o produtor da série a pedir respeito

Trinta e dois anos depois da catástrofe de Chernobyl, na Ucrânia, o pior acidente nuclear da história, a central e a cidade fantasma são hoje um destino turístico em crescimento

As fotografias polémicas em Chernobyl que obrigaram o produtor da série a pedir respeito

Trinta e dois anos depois do maior acidente nuclear da história, na central nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, são cada vez mais os turistas que querem visitar a cidade fantasma. Isto porque a nova série da HBO, Chernobyl – que conta a história dos erros e da má gestão que levaram ao acidente nuclear, em 1986, – tem feito sucesso um pouco por todo o mundo.

Desde a estreia, em maio, o turismo no local verificou um aumento de 40 por cento, segundo os dados enviados por uma agência de turismo à Reuters. De acordo com a Reuters, o sucesso da série levou ao aumento do número de turistas na Zona de Exclusão. Sinal dos tempos, um quiosque de lembranças vende t-shirts decoradas com símbolos de radioatividade amarelos e negros e máscaras de gás soviéticas em borracha à entrada da zona de exclusão, contaminada e desabitada, que rodeia a central num raio de 30 quilómetros.

Com este crescimento no turismo em Chernobyl, estão a ser também publicadas fotografias menos apropriadas, com pessoas à frente de edifícios destruídos. Uma internauta chegou mesmo a publicar uma fotografia seminua no local.

A divulgação de imagens consideradas por muitos polémicas, levou o produtor da série a reagir. «É maravilhoso que #ChernobylHBO tenha inspirado uma onda de turismo à Zona de Exclusão. Mas sim, eu tenho visto as fotografias que andam a circular», escreveu esta terça-feira Craig Mazin, no Twitter.

«Se visitarem, por favor lembrem-se da tragédia terrível que aconteceu no local. Comportem-se com respeito por todos aqueles que sofreram e tiveram de fazer sacrifícios.»

 

É permitido visitar Chernobyl com um guia turístico, mas não existe qualquer instrução oficial do país que permita o turismo no local.

O números de mortes causados por este desastre nuclear não é certo

A 26 de abril de 1986, às 01:23, o reator número quatro da central a cerca de 100 quilómetros a norte de Kiev, explodiu num teste de segurança e o combustível nuclear ficou a queimar-se durante dez dias, lançando para a atmosfera elementos radioativos que terão contaminado, segundo algumas estimativas, até três quartos da Europa.

No total, cerca de 350.000 pessoas foram retiradas ao longo de anos de um perímetro de 30 quilómetros em redor da central. O balanço humano da catástrofe ainda hoje é controverso, com estimativas que vão de trinta a 100.000 mortos.

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