Grávidas perdem bebés por surto de listeriose em Sevilha

Duas mulheres grávidas de 32 e oito semanas perderam os seus bebés devido ao surto de listeriose que está a contaminar Espanha. As vítimas estavam internadas nos hospitais Virgen de Macarena e Virgen del Rocío, em Sevilha.

Grávidas perdem bebés por surto de listeriose em Sevilha

Duas grávidas sofreram um aborto devido ao surto de listeriose que já provocou duas vítimas mortais em Espanha e já infetou pelo menos 80 pessoas na região da Andaluzia. A origem do surto foi identificada e é proveniente da carne Mechá da empresa Magrudis que terá sido consumida pelas duas mulheres que se encontravam internadas nos hospitais Virgen de Macarena e Virgen del Rocío, em Sevilha.

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Sevilha é a cidade mais afetada pelo surto de listeriose

Segundo o jornal espanhol La Vanguardia, até esta quinta-feira, 29 de agosto, não foram registados mais casos de infeção por listeria. O surto que teve início no dia 15 de agosto já infetou 197 pessoas em Espanha.

As mulheres perderam os bebés às 32 e oito semanas de gestação. Ainda não foi confirmada a causa dos abortos, mas os médicos acreditam que tenham sido causados por corioamnionite por listeria monocytogenes. Cerca de 67 pessoas encontram-se internada com suspeita de infecção ou com infecção confirmada por Listeria monocytogenes. Deste número, 23 são mulheres grávidas.

Sevilha é a cidade mais afetada por este surto. De todos os pacientes internados, 51 são de Sevilha, 9 de Huelva, 3 de Málaga, 3 de Cádiz e um de Granada. Espanha decretou alerta sanitário.

Empresa que confecionou carne com listeria assegura que cumpre requisitos de higiene

O gerente da Magrudis, empresa espanhola onde foi produzida a carne que originou um surto de listeriose em Espanha e que já afetou mais de 200 pessoas, assegurou que a fábrica em Sevilha tinha um protocolo diário de limpeza e higiene. «Se as bactérias são encontradas em salas de cirurgias como podem não estar na minha fábrica?», disse em declarações ao jornal espanhol ABC.

As declarações de José Marín surgem depois de no domingo a Ordem dos veterinários de Sevilha ter avançado que na origem do surto poderá estar uma falha interna da empresa «muito provavelmente, falta de higiene no processo de fabricação do produto». José Marín assegurou ao jornal que na fábrica foram tomadas todas as medidas para evitar situações «como a deste surto de listeriose».

«Embora isto não signifique a ruína, vai custar-nos muito ultrapassar esta situação», disse o gerente, lamentando a situação em que se encontram as pessoas afetadas pelo surto. O gerente da empresa explicou que «dias antes da carne ser embalada», um relatório externo à Magrudis certificava que a carne assada «não tinha listeria».

José Marín disse também duvidar de que um recipiente de fermento tenha sido contaminado como aponta um relatório preliminar do laboratório municipal de Sevilha, já que «está ajustado a 240 graus». Contudo, o responsável reconhece que depois da carne assada, os dispositivos são levados para uma zona refrigerada. O gerente admite que «teve alguns fracassos empresariais», mas diz que é uma pessoa «honesta e honrada» e insiste que só desejam que não haja vítimas.

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