Guarda prisional pediu a preso para passar droga no bar

José Coelho, chefe da Guarda Prisional de Paços de Ferreira, passava droga a reclusos por postigo no bar da cadeia. Chegou a receber cinco mil euros para entregar um quilo de heroína.

Guarda prisional pediu a preso para passar droga no bar

José Coelho, chefe da Guarda Prisional de Paços de Ferreira, está acusado de pertencer a uma rede de tráfico de droga. À medida que vários reclusos se chegam à frente para prestar declarações, fica cada vez mais evidente que o arguido era uma das figuras centrais do esquema.

Esta sexta-feira, 19 de fevereiro, um deles, que trabalhava no bar da prisão, disse que foi José Coelho quem lhe pediu para facilitar a entrega de drogas através do postigo.

Já depois de o esquema ter sido confirmado por dois dos envolvidos, foi a vez de Miguel Veiga denunciar o chefe da Guarda, assim como Mário Barros, outro dos recluso envolvido. Barros, Joel Rodrigues e Diamantino Oliveira são apontados como cabecilhas da rede.

Ao tribunal, Miguel Veiga, conhecido pela alcunha “Terrorista“, contou que começou a trabalhar no bar depois de Barros ter deixado o trabalho, na sequência de um problema com um recluso.

Nesta função, diz ter sido abordado por José Coelho, que lhe pediu para “facilitar as entregas de droga” a alguns reclusos através do postigo do bar, visto ter ficado sem forma de o fazer, depois da saída de Barros.

Numa das vezes recebeu das mãos de José Coelho seis mil euros por uma entrega de um quilograma de heroína a Mário Barros. “Cinco mil euros com aquilo e deu-me mil euros de gratificação“.

Tal como dá conta o JN, o arguido confirmou ainda a entrega de haxixe a Rúben Oliveira, acrescentando que as entregas eram feitas a José Coelho pela mulher de Mário e pela companheira de Rúben, em encontros que aconteciam fora da cadeia.

Miguel Vieira foi um dos arguidos que denunciaram o esquema à Polícia Judiciária. Disse ao tribunal que o fez após tomar consciência da dimensão do esquema e porque não queria passar a vida toda na prisão.

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