Hackers russos terão atacado empresa de filho de Joe Biden para ajudar Trump
Empresa de segurança informática revela que ataque visou produtora de gás ucraniana em que um dos filhos de Joe Biden trabalhou.
Hackers russos, alegadamente ligados aos serviços secretos militares russos, atacaram a empresa ucraniana para a qual trabalhava um dos filhos do ex-vice-presidente norte-americano Joe Biden.
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De acordo com agências de notícias internacionais, esta terça-feira, 14 de janeiro, que citam um relatório de uma empresa de segurança informática, o ataque visou a produtora de gás ucraniana Burisma, na qual o filho do agora candidato às primárias Democratas trabalhou entre 2014 e 2019. A informação consta num relatório de oito páginas da empresa Area 1 Security, de Silicon Valley, especializada em segurança informática.
Os ataques contra o grupo Burisma começaram em novembro passado, logo após a oposição democrática ter iniciado o processo para abrir o julgamento político do presidente norte-americano, Donald Trump, indicou o relatório. O objetivo dos hackers russos era obter informações destinadas a prejudicar a família Biden, segundo o jornal The New York Times, o primeiro a noticiar o caso e que cita especialistas em segurança.
Hackers terão tentado roubar informação do grupo Burisma
Os hackers alegadamente tentaram roubar informações do grupo Burisma através de técnicas diferentes. Vários meios de comunicação norte-americanos, incluindo o The New York Times, disseram acreditar existir um paralelo com o ataque informático sofrido durante a campanha presidencial de 2016 pela equipa da candidata Hillary Clinton e pelo Comité Nacional Democrático (DNC).
Nesse caso, as agências de inteligência dos EUA concluíram, num relatório divulgado em 2017, que o próprio presidente russo, Vladimir Putin, havia ordenado a influência de ataques informáticos nas eleições norte-americanas porque sentia uma «preferência clara» por Trump. Tanto Moscovo, como o presidente dos EUA sempre rejeitaram esta tese.
O alegado novo ataque ao Burisma ocorreu no contexto do processo de destituição de Trump, que os Democratas acusam de ter pressionado o homólogo ucraniano, Volodimir Zelenski, a abrir uma investigação de corrupção contra a família Biden, numa tentativa de o prejudicar no período que antecedeu as eleições deste ano. Trump, que se candidata à reeleição, aguarda agora o início do processo de destituição, que terá lugar no Senado.
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