Helicóptero do INEM colidiu com antena [avaliação preliminar]
A avaliação preliminar dos destroços do helicóptero do INEM acidentado no sábado indica que a queda da aeronave aconteceu na sequência da colisão com uma antena emissora existente na zona, afirmou hoje o gabinete que investiga acidentes aéreos.
«A avaliação preliminar dos destroços que foi possível realizar até ao momento indica que a queda do helicóptero do INEM aconteceu na sequência da colisão com uma antena emissora existente na zona», acaba de revelar o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários (GPIAAF).
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«Essa colisão pode ter tido origem em diversas causas possíveis, o que apenas após a reunião de toda a informação necessária e no decurso do aprofundamento do processo de investigação poderá ser devidamente esclarecido», acrescenta. Ainda segundo o GPIAAF, as informações recolhidas até ao momento indicam que a aeronave, com a matrícula I-EITC, ao serviço do INEM, «não estava equipada com dispositivo de registo de dados de voo», o que não era obrigatório, mas vai provocar «maior grau de incerteza e de morosidade» na investigação do acidente.
«Elevado grau de destruição» do helicóptero do INEM levará a investigação demorada
Os trabalhos de investigação no terreno iniciaram-se na manhã de domingo, assim que foi possível aos investigadores aceder ao local, mas a recolha de evidências «é demorada atendendo ao elevado grau de destruição da aeronave», disse o gabinete que investiga acidentes aéreos, realçando que a recolha ocorre em condições difíceis devido à localização e orografia na zona. No comunicado, o GPIAAF manifestou «as sentidas condolências aos familiares e amigos das vítimas do acidente» e afirmou estar «a desenvolver todas as atividades necessárias para a investigação de segurança do acidente».
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O GPIAAF prevê emitir, no prazo de 72 horas, uma Nota Informativa de Acidente com Aeronave, dando conta dos factos imediatos confirmados até então, assim como informação sobre o processo da investigação de segurança a realizar. As investigações do GPIAAF «têm como único objetivo a determinação das causas dos acidentes com vista à melhoria da segurança e prevenção de acidentes futuros, não se ocupando em momento algum do apuramento ou determinação de culpas ou responsabilidades», salientou.
Ministro da Administração Interna quer abertura de «inquérito técnico urgente»
A queda de um helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), ao final da tarde de sábado, no concelho de Valongo, distrito do Porto, causou a morte aos quatro ocupantes. A bordo do aparelho seguiam dois pilotos e uma equipa médica, composta por médico e enfermeira. O ministro da Administração Interna determinou à Proteção Civil a abertura de um «inquérito técnico urgente» ao funcionamento dos mecanismos de reporte da ocorrência e de lançamento de alertas relativamente ao acidente com o helicóptero do INEM.
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A aeronave em causa é uma Agusta A109S, operada pela empresa Babcock, e regressava à sua base, em Macedo de Cavaleiros, Bragança, após ter realizado uma missão de emergência médica de transporte de uma doente grave para o Hospital de Santo António, no Porto. Este é o acidente aéreo mais grave ocorrido este ano em Portugal, elevando para seis o número de vítimas mortais em acidentes com aeronaves desde janeiro.
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