Hells Angels: Fase de Instrução começa dia 27 no Tribunal Central de Instrução

A fase de instrução do processo Hells Angels vai começar no dia 27 deste mês no Tribunal Central de Instrução Criminal e já há sessões marcadas até 19 de dezembro, disse fonte judicial.

Hells Angels: Fase de Instrução começa dia 27 no Tribunal Central de Instrução

A fase de instrução do processo Hells Angels vai começar no dia 27 deste mês no Tribunal Central de Instrução Criminal e já há sessões marcadas até 19 de dezembro, disse fonte judicial. A mesma fonte referiu que as sessões já agendadas pela juíza de instrução Conceição Moreno iniciam-se às 14:00 do dia 27 e vão até dia 19 de dezembro e serão destinadas ao interrogatório dos arguidos que pediram a abertura desta fase facultativa.

Na semana passada, 37 dos 40 arguidos do processo que se mantinham em prisão preventiva e em prisão domiciliária foram postos em liberdade porque o prazo máximo (um ano e quatro meses) de prisão preventiva expirou sem que houve decisão instrutória (de levar ou não os arguidos a julgamento). Ao abrigo do processo principal, continuam em prisão preventiva três dos elementos que foram detidos mais tarde. A fase de instrução vai abranger 71 arguidos que a solicitaram e 23 deles vão ser interrogados até 19 de dezembro.

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A acusação do Ministério Público (MP) foi proferida em 10 de julho de 2019 e o processo foi distribuído ao TCIC em 10 de outubro, depois de o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa e o de Loures se terem declarado “territorialmente incompetentes” para a realização da fase instrutória.

A acusação do MP sustenta que os 89 arguidos, do grupo Hells Angels, elaboraram um plano para aniquilar os ‘motards’ rivais, através da força física e de várias armas para lhes causar graves ferimentos, “se necessário até a morte”, incluindo Mário Machado (líder do movimento de extrema-direita Nova Ordem Social), que foi aceite como assistente no processo.

Arguidos acusados de associação criminosa

Os arguidos estão acusados de associação criminosa, tentativa de homicídio qualificado agravado pelo uso de arma, ofensa à integridade física, extorsão, roubo, tráfico de droga e detenção de armas e munições entre outros crimes. A acusação relata que os arguidos se dirigiram em março de 2018 ao restaurante Mesa do Prior (Prior Velho, concelho de Loures, distrito de Lisboa) “munidos de facas, machados, bastões e outros objetos perfurantes” para tentarem ferir com gravidade ou mesmo matar seis outros ‘motards’ do grupo rival Red&Gold, que pertence à estrutura dos Los Bandidos.

Os arguidos entraram no restaurante munidos de martelos, tubos e barras/bastões em ferro e de madeira, correntes em ferro, machadas, soqueiras, bastões extensíveis e facas, com intenção de eliminar, ou ferir com gravidade, vários elementos dos ‘Red&Gold’.

Os procuradores concluíram que a atuação dos implicados no processo “obedeceu a um planeamento operacional, através do recrutamento de membros e apoiantes, obtenção de armamento, vestuário de camuflagem, meios de transporte, definição de pontos de concentração e de tarefas durante o ataque, bem como planeamento da fuga”.

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