Por mais que o adágio popular afirme que o amor não escolhe idades, há porém relacionamentos em que a avassaladora diferença entre a maturidade de um e do outro membro do casal leva constantemente a relação a um porto tudo menos seguro. Na Indonésia, um casamento gerou polémica na opinião pública, depois que um homem de 78 anos ter-se casado com uma adolescente de 17.

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Embora o casamento infantil seja bastante comum em muitos países asiáticos, a união entre Abah Sarna e a esposa, Noni Navita, causou enorme rebuliço. Primeiro por causa da tenra idade da noiva. E, depois, pela ostentação da cerimónia realizada em novembro. Mas o caso não parou aí. Apenas algumas semanas após a badalada união, Abah anunciou a intenção de divorciar-se de Noni. Os motivos da decisão são até agora desconhecidos, mas há quem afirme que a jovem foi poupada de uma vida de sofrimento.m

A família de Noni parece não estar contente com a situação e considera o assunto uma desonra. “Fiquei surpreso porque não havia ‘ventos ne tempestades’. De repente, acaba assim. A nossa família não tem problemas com Abah Sarna. No entanto, o problema veio dele e da família dele. Pareciam opor-se ao casamento”, disse a irmã de Noni, Iyan.

Abah deu à família de Noni um dote no valor de 2.819 ringgit, o que equivale a cerca de 4 euros – uma fortuna, naquelas paragens. Além disso, o noivo ofereceu à família da noiva uma motocicleta, um colchão e um guarda-roupa. A entrega do dote chamou a atenção nas redes sociais, devido às curiosas imagens que circularam, em que os presentes eram vistos transportados num pequeno caminhão.

Pagamento de dote anterior ao casamento é prática comum na Indonésia

Um alegado boato apontava a gravidez de Noni como a causa do divórcio, mas o noivo nega a suspeita. O motivo pelo qual, após uma cerimónia tão faustosa, o casal decidiu terminar o noivado continua a ser um mistério. Sem dúvida, contudo, que a união entre pessoas com uma diferença de idade tão grande leva a questionamento e a desconfiança.

O casamento infantil é prática comum em alguns países, apesar de muitas organizações de direitos humanos manterem uma afincada batalha para aboli-lo. A “tradição” – defendem – dilui os sonhos e a liberdade de milhões de jovens de forma marcante. Ainda que não se saiba se neste caso se discute a mesma situação, a verdade é que o divórcio está à vista.

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