O homem – de etnia cigana e que se encontrava em liberdade condicional – começou por sugerir à namorada do filho, de 16 anos, que deveria engravidar, para que o filho ficasse com ela “para sempre”. De seguida, quis exemplificar-lhe posições sexuais e abriu as pernas da menor, iniciando “movimentos de vai e vem”. Duas semanas depois, quando se deslocava com a vítima para um treino de futebol do filho, aproveitou para parar o carro numa zona erma e voltou a abusar da menor. Passou-lhe a mão por dentro da roupa, apalpou-a e beijou-a na boca e nos seios.

Namorado e mulher do agressor disseram que comportamento era normal

Depois do segundo episódio, a jovem fez queixa ao namorado, que “lhe disse que na comunidade cigana era normal os homens terem aquele tipo de comportamentos com as namoradas dos filhos”, refere o acórdão do Tribunal de Vila do Conde. A mulher do agressor reagiu da mesma forma e a vítima decidiu apresentar queixa na polícia. O agressor, que tinha já um vasto currículo criminal, com mais de 30 anos de crimes – roubo e furto agravados, caça ilegal, posse de arma proibida, passagem de moeda falsa e condução sem carta – foi condenado a um ano e nove meses de prisão efetiva e ao pagamento de uma indemnização de cinco mil euros à vítima. O arguido recorreu da decisão do Tribunal de Vila do Conde, mas a sentença foi agora confirmada pelo Tribunal da Relação do Porto.

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