Homem acusado de tentar atropelar GNR nega crime em tribunal

Um homem de 42 anos acusado de ter tentado atropelar dois GNR durante uma fuga às autoridades negou hoje no Tribunal de Aveiro ter dirigido propositadamente o veículo que conduzia na direção dos guardas com intenção de os matar.

Homem acusado de tentar atropelar GNR nega crime em tribunal

Um homem de 42 anos acusado de ter tentado atropelar dois GNR durante uma fuga às autoridades negou hoje no Tribunal de Aveiro ter dirigido propositadamente o veículo que conduzia na direção dos guardas com intenção de os matar. “Nunca direcionei o carro para os guardas. Eu tentei foi fugir”, disse o arguido durante a primeira sessão do julgamento, adiantando que o que consta na acusação do Ministério Público “é quase tudo verdade”.

O arguido, que se encontra em prisão preventiva, está acusado de dois crimes de homicídio na forma tentada, um de condução perigosa, um de dano e outro de introdução em lugar vedado ao público. Os factos ocorreram em 14 de julho de 2021 em Oliveira do Bairro, no distrito de Aveiro, quando os militares observaram uma entrega em “circunstâncias suspeitas” entre o arguido e um outro indivíduo, que se encontravam em dois automóveis.

Os militares decidiram proceder a uma fiscalização desses veículos, tendo seguido no encalço da viatura conduzida pelo arguido. A acusação do MP refere que o suspeito ignorou a ordem de paragem da GNR e tentou a fuga conduzindo de forma perigosa, colocando em perigo pessoas e bens Pouco depois, o arguido dirigiu a viatura contra um portão de acesso a um terreno, entrando na propriedade e quando tentava sair daquele local tentou atropelar os dois militares que, entretanto, tinham saído da viatura. De acordo com a investigação, os militares efetuaram vários disparos para o ar e contra a viatura conduzida pelo arguido que acabou por se despistar contra um pilar do portão.

Além deste caso, o homem é ainda arguido num outro processo, que começou a ser julgado na quarta-feira, no Tribunal de Aveiro, em que responde pelos crimes de condução perigosa de veículo rodoviário, condução sem carta e falsificação de documento. Neste processo estão em causa factos ocorridos a 01 de agosto de 2020, quando o arguido foi avistado por uma patrulha da GNR em Anadia a conduzir uma viatura usada para prestar apoio aos peregrinos que tinha sido dada como furtada e que estava associada a vários furtos.

A acusação do MP refere que os militares da GNR seguiram no seu encalço, tendo o suspeito realizado várias manobras perigosas para tentar escapar à patrulha, colocando em perigo a vida dos outros ocupantes da via. O arguido conseguiu despistar a GNR num terreno de terra batida, mas voltaria a ser avistado por outra patrulha, em Águeda, tendo iniciado nova fuga, acabando por ser intercetado e detido.

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