Abdul Aziz é visto como um herói na Nova Zelândia depois de enfrentar o autor do massacre, que fez 50 mortos na passada sexta-feira, na mesquita de Linwood. Com um leitor de cartões, o homem fez frente ao suspeito e impediu que o número de mortes aumentasse.

O imã da mesquita de Linwood, Latef Alabi, elogia a coragem de Abdul e diz, em declarações à agência Associated Press, que «se não fosse Aziz, teríamos muito mais mortos». Latef Alabi conta que ouviu uma voz durante a cerimónia religiosa. Lembra-se de ver um homem vestido de preto, de capacete e uma carabina na mão.

«Disparou sobre mim quatro a cinco vezes», conta o agora herói da Nova Zelândia

O suspeito gritou para as mais de 80 pessoas, que estavam naquele momento na mesquita, para se deitarem no chão. Abdul Aziz não obedeceu e enfrentou o agressor com uma máquina de leitura de cartões de créditos. «Disparou sobre mim quatro a cinco vezes», conta o agora herói da Nova Zelândia, que se foi protegendo atrás dos carros estacionados. «Queria afastá-lo da mesquita, por isso fui avançando para ele», acrescentou, em declarações recuperadas pelo jornal espanhol ‘El Mundo’.

A dada altura, Aziz encontra uma das quatro armas do agressor e disparou.  O suspeito dirigiu-se para o carro para pegar outra arma. «Assim que ele entrou no carro, atirei-lhe com a máquina de registar cartões e a janela do carro rebentou», contou Aziz. «Acho que o assustei e fugiu», acrescentou. O assassino fugiu de carro e viria a ser detido minutos depois pela polícia. «Se [Brenton Tarrant] tivesse entrado na mesquita, teríamos morrido todos», disse o imã da congregação de Linwood, agradecendo a coragem de Aziz. Abdul Aziz nasceu em Cabul, no Afeganistão, e entrou na Austrália como refugiado ainda rapaz. Após 25 anos, mudou-se para a Nova Zelândia.

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Fotos: Reprodução Youtube

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