Homicida de Viseu mata prima apesar de ser «a única em quem confiava»
Sócia de professora assassinada diz que homicida fugiu de hospital psiquiátrico por recear vingança de gangue que o terá ameaçado de morte.
Depois de ter fugido do hospital psiquiátrico de Abraveses, em Viseu, o homicida, José Pedro Simões, de 21 anos, pediu guarida à prima. Disse-lhe que ela «era a única em quem confiava», antes de matá-la. Foi o que contou esta segunda-feira, no tribunal da comarca de Viseu, Daniela Loureiro, sócia da vítima na Escola de Línguas Fan Language. Elsa Ferreira, de 43 anos, tê-lo-á confessado à amiga horas antes de o homicida lhe acabar com a vida, a 13 de maio do ano passado.
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Homicida de Viseu considerado «inimputável» e «perigoso»
José Pedro Simões começou a ser julgado por crimes de homicídio qualificado contra Paulo Catarino, no apartamento onde o casal vivia, em Santo Estêvão. O arguido, considerado «inimputável» e «perigoso» pelo Instituto de Medicina Legal e internado no hospital psiquiátrico Sobral Cid, em Coimbra, foi dispensado de assistir ao julgamento.
«Disse à prima que fugiu porque um gangue o iria matar»
Ainda de acordo com o depoimento da amiga e sócia Daniela Loureiro, Elsa Ferreira estaria convencida de que, durante uma festa, alguém drogara a bebida do primo. José Pedro sentiu-se mal e fouinternado. «Disse à prima que fugiu porque um gangue o iria matar», contou. Dois dias mais tarde, num surto de descompensação psicológica, José Pedro acusou Elsa e o companheiro, Paulo Catarino, de também o quererem matar. Esfaqueou a prima e Paulo ficou com a lâmina da faca espetada numa das faces. «Ele nunca foi perigoso e se achasse que o era, com o meu filho na mesma casa, teria chamado a PSP», afirmou Paulo Catarino, que chorou várias vezes durante o depoimento.
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