Avó de criança morta pela mãe pede perdão em nome da filha durante o funeral
Funeral de Júlia contou com a presença dos familiares da mãe da menina, a alegada autora do crime. Menor foi morta à facada.
O corpo de Julinha, como a menina era tratada por familiares e amigos, foi enterrado no passado fim-de-semana, na localidade de Entorno, Brasil. O funeral ficou marcado pelo pedido de perdão da avó materna pelo homicídio. Laryssa pediu perdão em nome da filha. «Gostaria que vocês não julgassem as pessoas. Só Deus tem o direito de julgar e de condenar. Eu estou a sofrer muito. A minha filha vai pagar pelo que fez», suplicou Luciana Pires da Silva, de 37 anos. Trata-se da mãe de Laryssa Yasmim Pires de Moraes, de 21 anos, que confessou o assassinato da filha depois de o pai da criança a ter expulsado de casa.
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Julinha morta à facada pela mãe enquanto o pai dormia
Júlia Félix de Moraes, de apenas 2 anos e 2 meses, foi morta à facada pela progenitora enquanto o pai, Giuvan Félix, de 25 anos, estava a dormir. Na última sexta-feira, dia 14 de fevereiro, foi decretada a prisão preventiva da jovem, presa em flagrante delito. A juíza Flávia Pinheiro Brandão Oliveira considerou que o modus operandi da mulher no crime denota «periculosidade social». Segundo Maria Gilmaria, proprietária do prédio onde Giuvan mora, o pai da menina ainda não voltou ao local do crime. «Tive uma conversa curta com ele. Giuvan disse-me que estava bem, mas sem previsão para voltar ao imóvel», explicou.
Familiares revoltados culpam serviços sociais pelo homicídio
Muito abatido, Giuvan Félix, não disse uma palavra no funeral da filha e «chorou sem parar». Permaneceu ao lado do jazigo da menina e aparentava estar em choque. A família do rececionista não se conforma com a tragédia e culpa os serviços sociais pelo crime, pois o pai já tinha pedido a guarda da criança por considerar a mãe «instável».
Mãe já teria tentado matar a filha antes
«Não foi por falta de aviso. Ela [Laryssa] tentou matar Júlia afogada numa banheira e inventou a desculpa de que foi acidente. Desde então, o Giuvan pedia a guarda da menina», lembrou Elves Rodrigues de Oliveira, irmão de Giuvan. O episódio teria ocorrido há seis meses. «Ele estava a lutar pela guarda. Amava muito a minha sobrinha e dava-lhe o que ele tinha e o que não tinha», frisou Elves. Ele diz que os esforços agora são para dar todo o apoio a Giuvan, que chegou a ser considerado suspeito. «Temos de o consolar. Não é fácil para um pai perder uma filha dessa forma», concluiu.
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