Num momento em que se espera o arranque das obras da nova ala pediátrica do Hospital de São João, no Porto, os relatos sobre a falta de condições em que as crianças estão a ser tratadas continuam.

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Segundo avança o Jornal de Notícias, há contentores do lixo a serem guardados em cima de berços. Não há isolamento térmico e as janelas estão cobertas de fita-cola para o frio não entrar. «O meu marido chegou a cobrir o menino com o casaco. De noite é como se estivessemos na rua», relata uma mãe ao JN.

«É cruel e desumano mandar um bebé tão pequenino para aquele espaço», conta a mulher de 39 anos. Quando o filho foi transportado entre os contentores onde funciona temporariamente a ala pediátrica, seguiu numa ambulância antiga e sem o berço preso. «Era a enfermeira que ia a segurá-lo», disse.

«Quando chegámos à Pediatria vimos um mundo completamente oposto. Não temos espaço e há caixotes do lixo colocados em cima dos berços», revela uma outra testemunha. A falta de materiais também é uma realidade. Para alimentar o filho tem de recorrer ao uso de uma seringa e se na Neonatologia era imediatamente deitada fora, na Pediatria as ordens são para conservá-la durante 24 horas.

Obras começam no fim do primeiro semestre de 2019

A administração do Hospital de São João, no Porto, recebeu o anteprojeto da nova ala pediátrica esta semana. O arranque das obras está previsto para o fim do primeiro semestre de 2019.

«O Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário São João informa que a partir de março de 2019 será possível a transferência de crianças da pediatria oncológica e da pediatria cirúrgica para espaços do edifício central do hospital», lê-se no comunicado.

Acrescenta que «não existindo disponibilidade imediata de espaço para alojar todo o internamento da pediatria médica no edifício central do Hospital de São João, as crianças deste serviço mantêm-se nas instalações provisórias, até ser encontrada uma solução alternativa adequada».

Estas instalações serão, entretanto, alvo de obras de remodelação e expansão. O objetivo será dar mais conforto às crianças e jovens internados e respetivos familiares, vincou a unidade hospitalar.

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Texto: Redação WIN - Conteúdos Digitais

 

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