Depois da tempestade vem a bonança. A Huawei quis compensar os trabalhadores que ajudaram a ultrapassar a crise pela qual a marca chinesa passou com a entrada na «lista negra dos Estados Unidos» há seis meses. Para isso, serão distribuídos esta terça-feira, 12 de novembro, bónus de 260 milhões de euros a alguns funcionários. Além disso, o salário de outubro da maioria dos funcionários da empresa também será duplicado.

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Huawei na lista negra dos Estados Unidos

Esta recompensa é, segundo o porta-voz da marca chinesa, citado pela Reuters, um reconhecimento de todos os esforços dos funcionários aquando do conflito com os Estados Unidos, que colocaram a Huawei na sua lista nega e a impediram de fazer negócios com empresas norte-americanas.

A gigante de telecomunicações teve de procurar soluções alternativas, uma vez que dependia de componentes vindos dos Estados Unidos. O bónus de milhões de euros deverá ser distribuído pelas equipas de research e desenvolvimento e pelos funcionários que desviaram as cadeias de fornecimento da Huawei dos Estados Unidos.

EUA acusam gigante de espionagem

Os Estados Unidos acusam a gigante de espionagem em proveito de Pequim, que teria largamente contribuído para a sua ascensão internacional. Washington já tinha proibido aos seus militares a utilização de equipamentos Huawei, a qual desmente firmemente qualquer espionagem.

Washington receia que o grupo seja um «cavalo de Tróia» da China, devido designadamente ao passado militar do seu patrão. E, em especial, a uma lei, votada em 2017, que obriga as grandes empresas chinesas a cooperarem com os serviços de informações do país.

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