Human Rights Watch pede à ONU que reforce defesa dos direitos humanos no Afeganistão

A organização Human Rights Watch (HRW) apelou hoje ao Conselho de Segurança para reforçar a capacidade da missão das Nações Unidas no Afeganistão (UNAMA) para “monitorizar, investigar e informar sobre violações dos direitos humanos” naquele país.

Human Rights Watch pede à ONU que reforce defesa dos direitos humanos no Afeganistão

A organização Human Rights Watch (HRW) apelou hoje ao Conselho de Segurança para reforçar a capacidade da missão das Nações Unidas no Afeganistão (UNAMA) para “monitorizar, investigar e informar sobre violações dos direitos humanos” naquele país.

A HRW lançou o apelo antes da reunião do órgão máximo da ONU em 17 de setembro para renovar a sua missão no país.

“O Conselho de Segurança da ONU deve assegurar que a UNAMA e as agências da ONU tenham os recursos de que necessitam para fornecer ajuda para salvar vidas e monitorizar totalmente os direitos humanos”, escreveu o diretor da HRW, Louis Charbonneau, na rede social Twitter.

Para a organização de direitos humanos, o “papel da missão da ONU no controlo do cumprimento das obrigações internacionais dos talibãs em matéria de direitos humanos no Afeganistão será especialmente importante”.

Em comunicado, Charbonneau insistiu que os talibãs têm um “terrível historial de direitos humanos e de violações dos direitos das mulheres e raparigas, particularmente”, e exigiu que a “missão da ONU deve ser os olhos do mundo no terreno para informar publicamente sobre a situação no Afeganistão”.

A UNAMA foi criada em dezembro de 2001 na sequência da ocupação norte-americana no Afeganistão e a sua missão tem sido adaptada anualmente às necessidades no terreno.

A HRW recordou que o Conselho de Segurança da ONU aprovou, em 30 de agosto, uma resolução na qual urge os talibãs a manterem a promessa de garantir a saída segura de todas aquelas pessoas que desejem sair do Afeganistão.

Além disso, apelou também aos vizinhos do Afeganistão e ao resto da comunidade internacional para que não penalizem as companhias aéreas que operam no país agora controlado pelos talibãs, e para que garantam asilo ou pelo menos proteção temporária aos afegãos que o solicitem.

Os talibãs conquistaram Cabul em 15 de agosto, concluindo uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.

As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no território o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

A tomada da capital pôs fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e aliados na NATO, incluindo Portugal.

 

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