Idoso mata com tiros de caçadeira por direitos sobre terrenos agrícolas
Fernando Augusto, de 74 anos, matou a tiro, ontem à tarde, Armando Barbosa, de 64 anos. O crime aconteceu na sequência de desentendimentos que os dois homens tinham sobre diretos de passagem para terrenos agrícolas, em Valença do Douro, Tabuaço.
Fernando Augusto, de 74 anos, matou a tiro, na tarde desta segunda-feira, Armando Barbosa, de 64 anos. O crime aconteceu na sequência de desentendimentos que os dois homens tinham sobre direitos de passagem para terrenos agrícolas, em Valença do Douro, Tabuaço.
Há uns anos, Armando Barbosa comprou um terreno agrícola que coincide com o de Fernando Augusto. Para Armando Barbosa ir para a parte do terreno que lhe pertencia, tinha de passar pelo caminho que o autor dos disparos dizia ser exclusivamente seu.
Desde então que se debateram sobre quem tinha direito de passagem no caminho. Depois de algumas discussões, tudo acabou em tragédia, com a morte de Armando Barbosa.
Assassinado na presença da filha
De acordo com o JN, o suspeito já andava no terreno, quando Armando também apareceu, acompanhado pela filha mais nova. E, quando estes chegaram ao terreno, a discussão foi inevitável e acabou por ficar descontrolada.
De acordo com populares ouvidos pelo JN, Fernando Augusto não era caçador, mas “já devia andar com a caçadeira, porque já teria intenções de o matar”, dizem. E foi o que aconteceu.
O suspeito terá atirado “duas vezes” a matar, na zona do pescoço. Quem assistiu a tudo foi Cláudia Barbosa, a filha de Armando, que tinha ido com o pai. “Deixei-o ir”, gritava, horas depois do crime, culpando-se de não ter conseguido salvar o progenitor.
Foi também a filha que deu o alerta aos bombeiros e que ainda tentou, em vão, manobras para salvar o pai. Também os bombeiros tentaram manobras de reanimação, mas “sem sucesso”, conta Marcos Fonseca, comandante dos bombeiros de Tabuaço.
«Por causa de um palmo de terra»
“Ai que desgraça, por causa de um palmo de terra“, atirava uma vizinha da vítima. A população da aldeia de Valença está em choque. “Aqui toda a gente se conhece e ninguém imaginava que uma coisa destas pudesse acontecer”, lamentava-se.
Fernando Augusto, que era conhecido na aldeia como “um homem pacato“, acabou por se entregar no posto de comando local. Mas a investigação do caso foi entregue à Policia Judiciaria.
O óbito foi declarado no local pela equipa do Instituto Nacional de Emergência Médica, que se deslocou para o local de helicóptero.
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