Mulheres em protesto na Índia impedem polícia de agredir estudante
Em causa, está a atribuição da cidadania indiana aos refugiados do Afeganistão, Bangladesh e Paquistão, mas na condição de que não professem a religião muçulmana.
Milhares de pessoas têm saído à rua, na Índia, para se manifestarem contra uma lei de cidadania, aprovada pelo Parlamento, na semana passada. Os protestos já fizeram mais de seis mortos e mais de 100 feridos. Em causa, está a atribuição da cidadania indiana aos refugiados do Afeganistão, Bangladesh e Paquistão, mas na condição de que não professem a religião muçulmana. Um vídeo de um grupo de mulheres a proteger um estudante de ser agredido pela polícia está a ser partilhado nas redes sociais e tornou-se viral.
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Aysha Renna nunca se imaginou a enfrentar as autoridades para proteger um colega
As imagens mostram as autoridades indianas a agredirem com violência um estudante em Nova Deli. Nesse momento, um grupo de mulheres enfrenta a polícia e impede as agressões.
Aysha Renna, de 22 anos, nunca se imaginou a enfrentar as autoridades para proteger um colega que estava a ser espancado, conta à CNN. Mas aconteceu. A jovem, juntamente com outras mulheres, impediram que as agressões se tornassem fatais.
Autoridades dispararam gás lacrimogéneo em diversos complexos universitários
As violências provocaram marchas de solidariedade em diversos complexos universitários do país na noite de domingo e na segunda-feira. No interior da universidade, e ainda em bairros circundantes, as forças de segurança dispararam gás lacrimogéneo e carregaram com bastões sobre a multidão, enquanto os manifestantes foram acusados de incendiar quatro autocarros e danificado viaturas.
200 estudantes feridos em confrontos
De acordo com a direção da universidade, estes confrontos provocaram 200 feridos, sobretudo estudantes. A polícia de Nova Deli referiu-se apenas e 39 estudantes e 30 polícias feridos. «A violência contra os estudantes que se manifestam pacificamente não pode ser justificada em qualquer circunstância», denunciou em comunicado Avinash Kumar, diretor da Amnistia Internacional para a Índia.
Texto: Jéssica dos Santos com Lusa
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