INEM instaura processos disciplinares no caso da morte de Carlos Amaral Dias
O INEM vai instaurar processos disciplinares a dois trabalhadores e dois processos de contraordenação à associação de bombeiros do Beato e Penha de França devido à assistência prestada a Carlos Amaral Dias, que morreu numa ambulância a 3 de dezembro de 2019.
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) vai instaurar processos disciplinares a dois trabalhadores e dois processos de contraordenação à associação de bombeiros do Beato e Penha de França, devido a «situações anómalas» ocorridas durante a assistência prestada ao psicanalista Carlos Amaral Dias, que morreu numa ambulância a 3 de dezembro de 2019.
A chamada a pedir assistência para Carlos Amaral Dias, com dificuldades respiratórias, foi feita para o número de emergência (112) e transferida para o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM. Na altura foi noticiado que o socorro demorou duas horas a chegar.
Em comunicado, o INEM ressalva que o caso foi uma exceção e garante que a população pode confiar no Sistema Integrado de Emergência Médica, mas assume que existiram “situações anómalas durante a assistência ao doente, nomeadamente o facto de durante cerca de uma hora, o CODU e o Dispositivo Integrado e Permanente de Emergência Pré-Hospitalar de Lisboa (DIPEPH) não terem recebido qualquer informação sobre a ocorrência”.
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INEM reforça controlo sobre atividades
Além dos processos aos dois trabalhadores e à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Beato e Penha de França, um por incumprimento da lei relacionada com uso de desfibrilhadores e outro por incumprimento do Regulamento do Transporte de Doentes, o INEM enviou cópias do documento ao Ministério Público, à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e ao Ministério da Saúde.
O INEM anuncia que irá reforçar o controlo sobre as atividades de transporte de doentes e de DAE (Desfibrilhação Automática Externa), “nomeadamente através do incremento das ações de fiscalização e auditoria a estes processos”, e que “Irá ainda reforçar a oferta formativa destinada aos corpos de bombeiros e Cruz Vermelha Portuguesa, parceiros no Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM)”.
Texto: Carla S. Rodrigues com Lusa
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