Irão condena ataque ao campo de refugiados de Maghazi na Faixa de Gaza

As autoridades diplomáticas iranianas condenaram hoje os ataques ao campo de refugiados de Maghazi, na Faixa de Gaza, e lamentaram o facto de as tropas israelitas não terem parado “os seus crimes” na noite do nascimento de Cristo.

Irão condena ataque ao campo de refugiados de Maghazi na Faixa de Gaza

“Vimos que os cristãos pararem as suas cerimónias para expressar simpatia e solidariedade para com os palestinianos, mas é uma pena que o regime sionista não tenha parado os seus crimes na noite do nascimento de Cristo”, disse Naser Kanaani, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano.

Kanaani referia-se ao “bombardeamento brutal” de Israel contra o campo de refugiados de Maghazi, na Faixa de Gaza, que causou a morte a pelo menos 70 pessoas.

E prosseguiu: “Este crime provou mais uma vez que o regime sionista não respeita nenhum dos princípios celestiais, religiosos e internacionais”.

Citado ainda pela agência de notícias iraniana IRNA, Naser Kanaani afirmou que “para evitar os crimes do regime sionista é necessário que a comunidade internacional tome medidas preventivas para evitar novos massacres do povo palestiniano através da aprovação de resoluções”.

No campo de refugiados de Maghazi, equipas de resgate retiraram dezenas de corpos dos destroços horas depois de um ataque ter destruído um prédio de três andares, além de outros localizados nas proximidades.

Segundo a agência de notícias Associated Press (AP), pelo menos 106 pessoas foram mortas, de acordo com registos hospitalares, tornando-se um dos ataques mais mortíferos da campanha aérea de Israel.

A guerra devastou grandes partes de Gaza, matou mais de 20.600 palestinianos e deslocou quase todos os 2,3 milhões de habitantes do território.

O crescente número de mortos entre as tropas israelitas — 17 desde sexta-feira e 156 desde o início da ofensiva terrestre — pode minar o apoio público à guerra, que foi desencadeada quando militantes do grupo islamita Hamas invadiram comunidades no sul de Israel em 07 de outubro, matando 1.200 e fazendo 240 reféns.

Os israelitas ainda apoiam, em grande parte, os objetivos declarados do país de esmagar as capacidades governamentais e militares do Hamas e de libertar os restantes 129 reféns, isto apesar da crescente pressão internacional contra a ofensiva de Israel e do crescente número de mortos e do sofrimento sem precedentes entre os palestinianos.

JS (SSM)// ZO

By Impala News / Lusa

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