O bebé que foi encontrado num ecoponto em Lisboa, poderá ser recebido por uma família de acolhimento no dia em que tiver alta hospitalar. A diretora da Unidade de Adoção da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa revela que o processo de acolhimento será rápido, uma vez que já existem famílias sinalizadas.

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Isabel Pastor assegura que têm recebido vários telefonemas de famílias que estão disponíveis para cuidar do bebé. O mais provável será a criança ser entregue a uma das famílias já «avaliadas e selecionadas», garante, em declarações à Renascença.

«A partir do momento em que a decisão judicial seja de acolhimento em família de acolhimento e que o bebé tenha alta o processo é muito rápido…podendo acontecer no próprio dia», explica. No caso de o pai do recém-nascido aparecer, Isabel Pastor garante que seria entregue ao progenitor.

«As crianças devem viver e crescer com a sua família. Só na ausência dos próprios pais ou de um familiar cuidador é que se recorre ao acolhimento familiar temporário ou em definitivo. Neste último caso, cortam-se os laços de filiação com a família biológica e a criança é adotada», acrescenta.

Advogados pedem libertação de mãe de recém-nascido

O bebé encontrado junto a Santa Apolónia continua internado na Maternidade Alfredo da Costa por prevenção. A mãe, que vivia na rua, aguarda julgamento em prisão preventiva e está indiciada de homicídio qualificado na forma tentada.

Um grupo de advogados entregou no Supremo Tribunal de Justiça um pedido de «habeas corpus» para libertar a mulher suspeita de abandonar o filho. O anúncio foi feito nas redes sociais por Varela de Matos, um dos candidatos a bastonário da Ordem dos Advogados. Os juristas garantem que não está em causa um crime de tentativa de homicídio, mas sim de exposição e abandono, «que nem sequer permitiria prisão preventiva».

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