Joe Biden perdoa postumamente nacionalista negro que influenciou Malcom X

O Presidente norte-americano, Joe Biden, perdoou postumamente o nacionalista negro Marcus Garvey, que influenciou Malcolm X e outros líderes dos direitos civis e foi condenado por fraude postal na década de 1920, foi hoje anunciado.

Joe Biden perdoa postumamente nacionalista negro que influenciou Malcom X

Os líderes do Congresso fizeram pressão para que Biden perdoasse Garvey, com os seus apoiantes a argumentarem que a sua condenação teve motivações políticas e foi um esforço para silenciar o líder cada vez mais popular que falava de orgulho racial.

Depois de Garvey ter sido condenado, foi deportado para a Jamaica, onde nasceu, tendo morrido em 1940.

Martin Luther King Jr. Considerou que Garvey “foi o primeiro homem, numa escala e nível de massas” a dar a milhões de negros “um sentido de dignidade e destino”.

Não está claro, ainda, se Biden, que deixa o cargo na segunda-feira, vai perdoar pessoas que foram criticadas ou ameaçadas pelo presidente eleito Donald Trump.

Biden estabeleceu o recorde presidencial para o maior número de indultos e comutações individuais emitidos. Anunciou na sexta-feira que estava a comutar as penas de quase 2.500 pessoas condenadas por crimes não violentos relacionados com drogas. Também concedeu um perdão alargado ao seu filho Hunter, que foi processado por crimes relacionados com armas e impostos.

O Presidente Joe Biden anunciou, por outro lado, que estava a comutar as sentenças de 37 das 40 pessoas no corredor da morte federal, convertendo as suas penas em prisão perpétua no momento em que Trump, um defensor declarado da expansão da pena capital, tomava posse.

No seu primeiro mandato, Trump presidiu a um número sem precedentes de execuções, 13, durante a pandemia de Covid-19.

Um indulto liberta uma pessoa da culpa e do castigo. Uma comutação reduz ou elimina a punição, mas não exonera o delito.

Entre os indultados no domingo contam-se Don Scott, presidente da Câmara dos Delegados da Virgínia, que foi condenado por um delito relacionado com drogas em 1994 e cumpriu oito anos de prisão, o ativista dos direitos dos imigrantes Ravi Ragbir, condenado por um delito não violento em 2001, a dois anos de prisão e à deportação para Trinidad e Tobago, bem como Kemba Smith Pradia, foi condenada por um delito relacionado com a droga em 1994 e sentenciada a 24 anos de prisão.

Darryl Chambers, de Wilmington, Delaware, condenado por um crime relacionado com o tráfico de droga e sentenciado a 17 anos de prisão foi também indultado.

Michelle West, que cumpria prisão perpétua, e Robin Peoples, condenado a 111 anos de prisão, viram as suas penas comutadas.

JLG // MSF

By Impala News / Lusa

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