Jogador de 13 anos perde a memória após agressões durante treino
Direção do clube defende técnico e revela que «foi uma brincadeira».
Um jogador de futebol, de 13 anos, recebeu assistência hospitalar após ter perdido a memória por ter levado cachaços dos colegas, durante um treino.
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O pai do adolescente alega que a violência excessiva foi usada com a permissão do treinador e exigiu aos responsáveis do Sport Clube Freamunde a demissão. A exigência não foi aceite e, por isso, Américo Nogueira vai avançar com um queixa-crime por agressão.
De acordo com o Jornal de Notícias, o treinador dividiu os jogadores em grupos para jogarem ao «meiinho» – exercícios em que a bola de futebol é tocada pelos jogadores numa roda e aquele que está no meio tem de a apanhar – e definiu como regra que quem não conseguisse tocar na bola antes de serem feitos 25 passes, levaria cachaços dos colegas.
O jovem em causa foi alvo desse «castigo» e queixou-se de imediato da violência aplicada. Apesar disso, o rapaz continuou o treino, mas, 45 minutos depois, desmaiou e perdeu a memória. Os bombeiros transportaram-no para o hospital, onde lhe foi diagnosticada uma cervicalgia – dor na região cervical- e um equimose – nódoa causada devido ao sangue extravasado sob a pele.
Clube apoia treinador: «Foi uma brincadeira»
Os pais do jovem falam em violência excessiva autorizada pelo treinador e exigiram a demissão do mesmo. Ao JN, a Direção do clube de Paços de Ferreira refere que tal aconteceu, mas que se tratou de um incidente durante aquilo que já é um hábito implementado em todos os clube de futebol do país.
O técnico Tiago Costa, que assumiu o cargo em setembro deste ano, refere que o objetivo era «promover o convívio» e garante estar «chocado» com as marcas que viu na nuca do jogador.
«É daquelas coisas que a gente faz e que se arrepende logo. Se eu imaginasse qual seria o desfecho nunca o tinha efeito», revela Tiago Costa. Fernando Silva, diretor do clube, refere que «foi uma brincadeira».
«A pancada não foi dada com intenção de magoar. Entendemos que não podemos culpar nem o técnico nem os miúdos que deram o cachaço», disse o diretor do SC Freamunde. Os pais do jogador revelam que estão prontos para levar o caso à Justiça.
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