Jornalista mexicano encontrado morto e com sinais de tortura
O jornalista mexicano Rogelio Barragán foi encontrado morto e com sinais de tortura dentro de um veículo, no Estado de Morelos, no centro do México, país considerado dos mais perigosos para o exercício do jornalismo.
O corpo do jornalista mexicano apareceu na terça-feira à tarde, 30 de julho, dentro de um automóvel abandonado em Zacatepec, a sul da capital mexicana, país considerado dos mais perigosos para o exercício do jornalismo. Rogelio Barragán terá sido sequestrado um dia antes, informaram esta quarta-feira, 31 de julho, fontes jornalísticas.
Jornalista foi encontrado amarrado, com vários golpes no corpo e um tiro na cabeça
«Descansa em paz, nosso companheiro Rogelio. Que Deus te tenha na sua santa glória. Um forte abraço até ao céu, companheiro», escreveu o meio Guerrero al Instante, na sua conta na rede social Facebook, do qual Barragán era diretor. «O jornalista Rogelio Barragán, diretor de Guerrero al Instante, foi assassinado. O seu corpo foi encontrado há algumas horas amarrado e com sinais de tortura no interior de um veículo abandonado no Estado de Morelos», segundo a Associação Mexicana de Jornalistas Deslocados e Agredidos. Vários meios locais detalharam ainda que o jornalista foi encontrado com golpes e um tiro na cabeça.
A Comissão Nacional dos Direitos Humanos do México (CNDH), em comunicado, lamentou esta quarta-feira o homicídio do jornalista e exigiu à procuradoria estadual uma «investigação exaustiva» que não «ignore o trabalho jornalístico da vítima». No seu texto, a CNDH considerou que, «neste contexto de alta perigosidade para o exercício jornalístico no país, torna-se muito necessário o compromisso permanente das autoridades na prevenção e investigação das agressões contra jornalistas».
11 jornalistas mexicanos assassinados em menos de nove meses
O assassínio de Barragán encheu de mensagens de apoio e condolências a página Guerrero al Instante, um meio digital que conta com mais de 110 mil seguidores no Facebook. Com o de Barragán, já são pelo menos 11 os jornalistas mexicanos assassinados desde o início da presidência de Andrés Manuel López Obrador em 10 de dezembro último, isto é, em menos de nove meses.
Durante o mandato do Presidente Enrique Pena Nieto (2012-2018) foram assassinados 47 jornalistas no México, nove dos quais em 2018.
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