Mário Lopes, de 19 anos, o principal suspeito da morte de Soraia Sousa, de 18 anos, no domingo à noite, planeou ao detalhe e com frieza o encontro, a forma como ia atrair a jovem e até a execução, no largo junto à estação de comboios da Martingança, Alcobaça. Tal como dá conta o Correio da Manhã, deslocou-se até ao local com um grupo de amigos –  para já considerados pela PJ de Leiria como testemunhas do crime e não cúmplices.

O alegado homicida, indiciado por homicídio qualificado, foi detido na segunda-feira e foi ontem sujeito a primeiro interrogatório judicial. Durante a tarde desta quinta-feira, 7 de outubro, ficou a conhecer a medida de coação: prisão preventiva. Na origem do crime esteve um ajuste de contas relativo a tráfico de droga. Soraia vendia produto fornecido por Mário Lopes e desentenderam-se quando a jovem não pagou o valor devido da venda de droga. Sem dinheiro para saldar a dívida, a jovem foi baleada várias vezes na cabeça à queima-roupa.

Executada à frente de vários jovens

Soraia foi abandonada no local ainda com sinais vitais e resistiu durante 24 horas, mas acabou mesmo por não resistir aos ferimentos infligidos pelas balas. Trata-se de um crime de extrema violência, com a jovem a ser executada em plena rua, na presença dos amigos que acompanhavam o homicida, poucos meses mais velho que a vítima mortal. O crime foi investigado pela PJ de Leiria, que, em comunicado, confirmou a detenção de Mário Lopes.

“O suspeito terá disparado vários tiros com arma de fogo”. A PJ explica, ainda, que identificou “vários intervenientes na situação”, conseguindo, após a investigação, chegar “à detenção do presumível autor dos disparos fatais”. “No âmbito da investigação foram localizados e apreendidos vários objetos, nomeadamente pertences da vítima, a arma de fogo utilizada na prática dos factos e produto estupefaciente”.

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