Jovem que sobreviveu a 800 mordidas de cães mostra sequelas [imagens sensíveis]
Jacqueline Durand foi atacada e mordida 800 vezes por dois cães – um pitbull e um pastor alemão. “Senti a pele pendurada no rosto. Achei que ia morrer”, revela.
Jacqueline Durand foi atacada e mordida 800 vezes por dois cães – um pitbull e um pastor alemão. Agora, em entrevista, a estudante universitária contou o que se passou naquele fatídico dia e a sorte em estar viva. Na véspera de completar 22 anos, foi brutalmente atacada quando se deslocava até à casa de dois amigos para passear com os animais. Mas quando abriu a porta, os cães – Lucy e Bender – atacaram-na. “Senti a pele pendurada no rosto”, disse Jcaqueline à CBS News naquela que é a primeira entrevista desde o incidente. “Achei que ia morrer”, continuou. A jovem, que se desloca de cadeira de rodas, explicou que os graves ferimentos na cara foram tratados com enxertos de pele retirados das nádegas. A estudante perdeu cerca de 30% de sangue no ataque e teve de ser reanimada várias vezes e colocada em coma induzido por uma semana.
Cães comeram orelhas, nariz, lábios e parte do rosto de Jacqueline
Durante a entrevista [que poderá ver mais em baixo], foram mostradas imagens inéditas dos agentes policiais que responderam à chamada “Não podemos entrar por causa dos cães”, disse um agente. Só após 37 minutos desde a chegada dos polícias é que estavam reunidas condições de segurança para que os médicos entrassem na habitação. De acordo com documentos judiciais de um processo aberto em janeiro, a universitária teve o nariz, orelhas, lábios e bochechas arrancados durante o ataque. “Os cães atacaram violentamente a cabeça e rosto – atacando-a catastroficamente”, diz o processo. “Os cães eram tão violentos e sanguinários que arrancaram todas as roupas de Jacqueline, inclusive as calças. Os cães arrancaram e comeram as duas orelhas de Jacqueline, o nariz, os lábios e a maior parte do rosto abaixo dos olhos.”
Ainda assim, num ato de coragem impressionante, a jovem decidiu mostrar os ferimentos para que possa ser vista como um exemplo e não como uma vítima. “Não pedi isso. Então, acho que é hora de mostrar quem sou agora e não posso ter medo disso”, disse. “Quero que os donos de cães conheçam os seus animais”. O processo acusa o casal de negligência por alegadamente não controlar, proteger e treinar os cães, além de “não fornecer um ambiente seguro para os convidados”. Jacqueline pede uma indemnização de um milhão de euros pelos danos e consequências causados pelo ataque. O casal disse aos investigadores que os cães vieram de organizações de resgate e que, até então, não tinham tido qualquer problema. Mas o processo inclui uma foto de um “alerta sinistro” na porta da frente do casal que diz: “Cães doidos. Por favor, não bata ou toque a campainha. Ligue ou envie uma mensagem de texto”.
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