Jovem universitário mata pai para proteger mãe e irmã
Um universitário de 23 anos, é o principal suspeito de ter matado o pai, Manuel Monteiro, de 63. Foi detido pela Polícia Judiciária e não mostrou qualquer arrependimento, suspirando até de alívio.
Tiago, um universitário de 23 anos, é o principal suspeito de ter matado o pai, Manuel Monteiro, de 63. Foi detido nesta quinta-feira, 9 de setembro, pela Polícia Judiciária e não mostrou qualquer arrependimento, suspirando até de alívio: “Agora está tudo bem, ele não volta a bater-nos”. Contou tudo aos inspetores e explicou que o fez para salvar quem gostava. “Um dia mataria um de nós. Provavelmente a minha mãe”, afirmou.
Em tribunal, o juiz ouviu primeiro os familiares do rapaz para perceber o quadro do homicídio, saber se se inscreve numa situação de excesso de legítima defesa ou se foi um crime premeditado. A vítima, que foi agredida com extrema violência na cabeça, foi encontrada morta na cama com um saco de plástico na cabeça e com os pés amarrados. O corpo foi descoberto a meio da tarde mas o jovem só regressou a casa já de madrugada, aparentando estar desnorteado, mas nada fez para esconder o que havia feito: a roupa estava ensanguentada e confessou o crime.
Infetado com covid-19 não aceitava ficar em casa
Às autoridades, a família revelou o quadro de violência, que já era do conhecimento da Justiça uma vez que a irmã de Tiago já tinha apresentado queixa, mas sem qualquer consequência prática: foram-lhe apreendidas armas de fogo, mas o processo de violência doméstica foi suspenso. Manuel Monteiro manteve-se sempre na casa da família e foi a mãe de Tiago, sob ameaça de morte, quem teve de pagar a multa a que o marido tinha sido condenado por lhe bater.
A família revelou ainda que a violência escalou nas últimas semanas, logo após o homem contrair covid-19. Manuel não aceitava ficar em casa e sempre que tentava impedi-lo de sair, a mulher era agredida e ameaçada de morte. Na vizinhança, todos conheciam a violência que Manuel impunha à família. O desfecho só surpreendeu os moradores de Algés por ter sido o agressor (e agora vítima) a morrer e não a mulher ou um dos filhos.
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