Juíza entrega guarda de menina à mãe e criança fica desconsolada. A criança, de cinco anos, vivia desde os 10 meses com o pai e a avó paterna, decisão tomada pelos progenitores aquando do divórcio. Contudo, a mãe decidiu agora requerer o poder paternal e ganhou a causa.

A juíza de Claudia Noemí Güemes justificou a decisão dizendo que a menor tinha «vivido pouco tempo com a progenitora». Segundo a comunicação social Argentina, a menor nega-se a viver com a mãe por causa dos alegados maus tratos que esta lhe inflige e por ser «muito feliz” com o pai e a avó.

No vídeo gravado à porta de casa da mãe, horas depois da decisão do tribunal, podem ouvir-se gritos desesperados da menina, os mesmos que se se fizeram ouvir na sessão do julgamento.

«Não quero, não quero. Por favor não. Quero o meu papá, por favor», são alguns dos desabafos da criança.

Quando os gritos começaram, ainda na sala de audiência, a juíza do Tribunal de Família, Claudia Noemí Güemes, não se mostrou sensibilizada e afirmou mesmo: “Se não cumpres o que ordenei vou pedir que as autoridades policiais te levem à força”. A mesma magistrada pediu ainda para que alguém explicasse à menina quem ela era. “Expliquem-lhe quem eu sou, digam-lhe que sou a autoridade e que posso levá-la pela força”, afirmou num tom elevado de voz.

O vídeo que mostra o claro desespero da menina de cinco anos tornou-se viral nas redes sociais e provocou uma onda de revolta na Argentina. As críticas multiplicaram-se e levaram a uma tomada de posição por parte de uma conhecida associação de advogados da Argentina, que prometeu investigar a postura da juíza. O presidente do Colegio de Abogados, Pedro Burgos, vai reunir-se esta semana com especialistas em Direito de Família e denunciar a juíza por «maltrato e revitimização de menor».

Veja o vídeo

 

Texto: Cynthia Valente / Win Porto | Fotos: DR

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