Justiça parada à espera de inquérito da Ordem ao caso do bebé sem rosto
Obstetra responsável pelo caso do bebé sem rosto não foi constituído porque o Ministério Público continua a aguardar pela decisão do processo disciplinar que a Ordem do Médios lhe moveu.
O bebé sem rosto está a cerca de uma semana de completar dez meses e continua a aguardar pelos resultados dos exames, pelos quais esperou quatro meses, para poder ser submetido a uma cirurgia que amenize a hidrocefalia de que padece. Mas Rodrigo espera por mais. O Ministério Público (MP) faz depender o andamento do caso contra o obstetra Artur de Carvalho – que não foi constituído arguido nem sequer ouvido – da decisão do processo disciplinar que a Ordem dos Médicos lhe moveu.
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MP reúne testemunhos e provas independentes da Ordem dos Médicos
O MP de Setúbal adiantou trabalho e, independentemente de a Ordem dos Médicos continuar a não encerrar o processo, foram recolhidos pareceres de médicos e de enfermeiros para clarificar para interpretar as ecografias ao bebé. Em setembro, o MP vai igualmente solicitar a intervenção do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF) para perceber-se se Artur de Carvalho violou os deveres profissionais no acompanhamento da gestação do bebé sem rosto.
Testemunhos e parecer para acusar obstetra
Os testemunhos dos profissionais de Saúde, este parecer do INMLCF e a decisão da Ordem dos Médicos sustentarão a eventual acusação por negligência. O Conselho Disciplinar da Zona Sul da Ordem dos Médicos propôs em abril que o obstetra fosse suspenso por cinco anos e a expulsão por outros cinco. Artur de Carvalho recorreu para refutar as acusações, mas a Ordem ainda nem sequer o terá chamado.
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