Maria Flor tinha nascido há poucas horas quando foi abandonada pela mãe, enrolada num cobertor, num jardim público, no Brasil, na passada segunda-feira, dia 18 de março. A progenitora foi esta terça-feira presente a tribunal e acabou por ser libertada juíza. «Apesar da gravidade dos factos imputados à autuada, o crime praticado não possui pena máxima superior a quatro anos, não possui condenação com trânsito em julgado por crime doloso. Dessa forma, não estão preenchidas as condições de admissibilidade da prisão preventiva», justificou a magistrada.

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Decisão da juíza que ordena que a mulher fosse libertada revolta a população

A decisão revoltou a população. A mulher, de 37 anos, deixou a filha em condições que poderiam ter sido fatais. A menina estava enrolada numa manta, apenas com uma fralda e exposta a todo o tipo de insetos. Estava já em hipotermia e com dificuldades respiratórias quando foi resgatada por Polícia e Bombeiros. Os agentes avançaram que, além das mazelas provocadas pelas formigas que lhe atacaram o corpo, o cordão umbilical tinha sido arrancado à força.

Maria Flor está internada nos cuidados intensivos

A mulher foi identificada e presa por equipes da 11.ª Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante) no dia do crime e acusada de abandono de menor. À juíza, justificou a decisão afirmando ter outros cinco filhos e estar desempregada. O crime foi gravado pelas câmaras de segurança do jardim público. As imagens mostram a mulher a chegar ao local com a bebé nos braços. Momentos depois, sai sem a criança. A pequena Maria Flor está internada nos cuidados intensivos de um Hospital Materno Infantil e já não corre risco de vida.

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