Christian Bruckener, o suspeito alemão no caso de Maddie McCann, terá conseguido escapar duas vezes à Polícia Judiciária portuguesa. De acordo com a investigação divulgada pela Sky News, testemunhas e documentos comprovam que Bruckener conseguiu evitar ser identificado como pedófilo em duas situações distintas.

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Bruckener omitiu registo criminal por abuso de menores

Documentos judiciais da condenação do alemão por roubo de combustível no Algarve, em 2006, um ano antes do desaparecimento de Maddie, revelam que escondeu o seu passado. O suspeitou omitiu o seu registo criminal por abuso de menores, no Tribunal de Portimão, dizendo apenas ter sido acusado no passado por crimes de cariz sexual. Bruckener não foi questionado sobre detalhes dos crimes e, não havendo obrigação legal de o fazer, o alemão não revelou ao juiz que a vítima era menor de idade.

Bruckener não foi registado em Portugal como pedófilo, conseguindo assim evitar atrair a atenção das autoridades durante o desaparecimento da menina britânica, em 2007. Maddie foi dada como desaparecida cinco meses após o alemão ter sido libertado da prisão, após cumprir sete meses de pena pelo furto de combustível.

Cerca de 10 anos depois do desaparecimento de Maddie, Bruckener terá conseguido escapar novamente às autoridades. O alemão terá passado o último dia em Portugal a exibir os genitais a duas meninas que estavam num parque infantil, mas esse episódio não foi registado formalmente pela PJ. O episódio aconteceu em junho de 2017. De acordo com a mãe de uma das meninas, as autoridades foram chamadas ao local, mas o homem, que estava embriagado, recusou identificar-se.

Foi então deportado para o seu país de origem, a Alemanha. Só mais tarde, quando começaram a surgir as notícias de que Bruckener era o principal suspeito no caso de Maddie, é que a mãe que estava naquele parque infantil se apercebeu de que se tratava do mesmo homem.

Em junho deste ano, as autoridades britânicas, simultaneamente com as alemãs, lançaram um apelo público de informação sobre o alemão que é agora o principal suspeito de envolvimento no desaparecimento de Maddie McCann, na Praia da Luz, a 3 de maio de 2007.

Texto: Joana Ferreira

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