Quatro irmãos viveram vários dias com a mãe e o padrasto mortos em casa. As crianças de quatro, cinco, seis e 14 anos fizeram a sua rotina normal durante vários dias. Estavam habituadas a que a mãe se fechasse no quarto com o companheiro por longos períodos…

A mãe, de 40 anos, viveu muitos anos fora da cidade de Zarza, Espanha, para onde tinha regressado há um mês. Dias antes da morte, dirigiu-se aos serviços sociais para solicitar ajuda económica.

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O pai das crianças (três das quatro que viviam com a mãe) esperava ficar com a guarda dos filhos. Nos quatro dias em que estiveram entregues a si próprias, as crianças não se aperceberam de que a mãe e o namorado estavam mortos.

«Explicaram que era normal passarem muito tempo fechados no quarto. E que quando batiam à porta eram chamados à atenção por estarem a incomodar», conta fonte da polícia espanhola.

Foi o adolescente de 14 anos quem alertou a polícia de que tinha os pais mortos em casa, ao estranhar o facto de não conseguir «acordar a mãe»

Os vizinhos também não viram nem ouviram nada de estranho. «O normal era as crianças fazerem tudo sozinhas, como irem à escola», por exemplo. Mas sentiram «um certo odor vindo da casa».

Foi o adolescente de 14 anos quem alertou a polícia, quando finalmente decidiu ver o que se passava. Ligou à emergência e explicou que a mãe «estava a dormir, mas muito fria» e que «não conseguia acordá-la».

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Mario Peña, presidente da câmara Calañas, do município La Zarza, pediu à população para refletir sobre o que se passou, destacando «falhas graves na sociedade que não se apercebe das condições de vida de crianças que vão à escola e convivem com adultos todos os dias».

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