Magistrada confirma. Sangue presente na arma é de Luís Grilo
Procuradora revela que em outubro do ano passado foram realizados novos exames à arma encontrada em casa de António Joaquim, confirmando o que já se suspeitava: os vestígios de sangue são de Luís Grilo.
O Ministério Público [MP] já respondeu ao pedido de Rosa Grilo, mulher de Luís Grilo, e do amante, António Joaquim, para serem libertados. Procuradora revela a existência de uma nova prova. Em outubro do ano passado, foram feitos novos exames à arma encontrada em casa de António Joaquim e foram encontrados vestígios de sangue do triatleta.
Segundo o Correio da Manhã, os investigadores da Polícia Judiciária não têm dúvidas de que foi aquela a arma usada para matar Luís Grilo. Revelam ainda que a versão de Rosa Grilo, que diz que roubou a arma a António e que a colocou na casa sem que ele soubesse, não tem credibilidade.
A magistrada afirmam que os novos exames foram feitos mais tarde, uma vez que inicialmente pretendiam saber se os ferimentos da vítima permitiam confirmar que o disparo tinha sido feito com aquela arma. No entanto, como o cadáver foi encontrado 12 dias depois do crime encontrava-se em avançado estado de decomposição tornando os exames inconclusivos.
Desde o início acreditava-se que o sangue presente na arma de António Joaquim era de Luís Grilo. Os peritos do Laboratório de Polícia Científica afirmavam que tinha sido usado um projétil compatível com os que eram usados na arma do amante de Rosa Grilo. No entanto, era impossível garantir que a arma tinha sido efetivamente aquela.
Motivo do homicídio foi financeiro. Rosa Grilo ia ganhar 400 mil euros
«Decidiram matar Luís Miguel Grilo a fim de poderem passar a assumir publicamente a sua relação e garantir que Rosa tivesse uma situação económica abastada», afirma a procuradora do Ministério Público.
Em causa estava uma quantia de 400 mil euros «a ser pagos pelos seguros de vida declarados pela própria e o seu filho menor». A habitação do casal ficaria também para Rosa Grilo e todo o dinheiro depositado em contas juntas em instituições bancárias de que Luís Grilo era titular.
«Depois de Luís Grilo ter desaparecido, a Rosa não parecia preocupada»
Passados quase seis meses da morte do triatleta, ainda é incerto o que aconteceu ao marido da suspeita. No programa da SIC, Linha Aberta, conduzido por Hernâni Carvalho, declarações prestadas por «uma pessoa próxima da família Grilo», acrescenta novos contornos sobre como terão sido os dias que se seguiram ao desaparecimento do desportista amador, engenheiro informático de profissão.
«Depois de Luís Grilo ter desaparecido, a Rosa não parecia preocupada», revela ‘Odete’ (nome fictício), uma mulher que garante que ia diariamente a casa da família antes de Rosa ter sido detida preventivamente a 26 de setembro do ano passado.
Apesar de ter achado a atitude da mulher de Luís pouco comum dadas as circunstâncias, ‘Odete’ explica que por outro lado Rosa podia não estar a demonstrar a tristeza que sentia porque era «uma pessoa fria». «A Rosa não é uma pessoa de sentimentos. Não era muito meiga nem afectuosa, mas de qualquer maneira, agora acho que estava estranha», recorda.
«Antes do desaparecimento, o menino nunca ficava sozinho em casa, depois já ficava»
Outra situação anómala que captou a atenção da testemunha foi o facto de o filho, de 13 anos, do casal passar a ficar por muitas vezes sozinho em casa após o desaparecimento do pai. «Não era normal deixar o menino em casa sozinho. Mas mal ele desapareceu, a criança passou a ficar muitas vezes sozinha».
«Até no dia do funeral do pai, o menino ficou sozinho em casa enquanto ela [Rosa] estava na casa funerária», destaca.
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Texto: Redação WIN - Conteúdos Digitais
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