Trata-se de um “projeto inovador denominado Palácio do Porco”, fica na China e é a maior pocilga do mundo. Trata-se de um edifício único capaz de abrigar mais de 650 animais. Situada na província central de Hubei, a pocilga vertical Zhongxin Kaiwei Modern Farming tem como objetivo abater 1,2 milhões de suínos por ano.

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O gigantesco edifício de 26 andares é uma resposta à crescente procura chinesa por carne de porco e às preocupações com a segurança alimentar no país. A estrutura conta com tecnologias avançadas, incluindo câmaras de alta definição e sistema centralizado para monitorização. O Palácio do Porco foi projetado para ser “eficiente, ecologicamente correto e de baixo custo”.

Cada andar funciona como uma pocilga independente, com áreas separadas para porcas prenhes, leitões, aleitamento e engorda. Os animais são alimentados automaticamente de de forma remota a partir de uma sala centralizada.

Gigantesca pocilga vertical será replicada noutras províncias da China

Os resíduos produzidos pelos porcos são reutilizados, para gerar calor e energia, e gigantescos tanques fornecem cerca de 500 toneladas de ração aos animais, a partir dos andares de baixo, através de comedouros automatizados. De acordo com o jornal New York Times, o complexo possui “características semelhantes à estrutura da NASA”, com técnicos uniformizados que monitorizam os animais em tempo real”.

A pocilga vertical é vista como meio de repovoar o número de porcos em território chinês, após a devastação causada pela peste suína africana nos últimos anos. Por esta razão, aliás, a China está a construir vários outros edifícios de múltiplos andares pelo país.

Apesar das metas do governo para reduzir em metade o consumo de carne até 2030, a procura continua a crescer. Atualmente, mais da metade da carne suína mundial é consumida pela China, responsável por, aproximadamente, um terço do total consumido no Planeta.

Garantir segurança alimentar e atender à procura crescente

A segurança alimentar é uma preocupação crescente naquela potência asiática, considerando particularmente que a capacidade atual da China em suprir necessidades alimentares caiu para 65,8%, comparados aos 93,6% registados em 2000. Por outro lado, as crises provocadas pela pandemia de covid-19 evidenciaram vulnerabilidades na produção e na distribuição alimentar.

Esta inovadora solução vertical para criação de suínos em larga escala – e outras semelhantes ainda em projeto – vai no sentido de a China ser capaz de garantir segurança alimentar e atender à crescente procura global por carne suína.

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