Mais de metade das chamadas para 112 são falsas ou não reportam emergências

Mais de metade das chamadas feitas para o serviço 112 no ano passado foram falsas ou não reportavam situações de emergência, indicou hoje a PSP, que coordena o número de emergência europeu em Portugal.

Mais de metade das chamadas para 112 são falsas ou não reportam emergências

Por ocasião do Dia Europeu do 112, que hoje se assinala, a Polícia de Segurança Pública avança que, no ano passado, o serviço 112 recebeu 5.851.146 chamadas, uma média de 15.987 chamadas por dia, que foram atendidas aproximadamente em 10 segundos.

A PSP dá também conta que 59% do total das chamadas feitas em 2024 (3.461.045) foram indevidas, ou seja, foram falsas ou reportavam situações que não necessitavam de socorro imediato.

Entre as situações que não são de emergência e por isso não merecem uma chamada para o 112, estão acidentes só com danos nas viaturas, furto em viaturas, barulho e os casos em que se deixa as chaves dentro de casa.

Nestes casos, a PSP aconselha as pessoas a ligarem para a esquadra da área de residência.

Os dados desta força de segurança referem igualmente que 78% das chamadas foram atendidas e 1.292.384 foram abandonadas por quem ligou para o 112 antes de serem atendidas pelo operador.

Das 5.851.146 chamadas, foram registadas como emergências 1.366.574, o que corresponde à prestação de socorro em 113.881 ocorrências por mês e 3.733 por dia.

O número de emergência 112 é gerido pela PSP e as chamadas são atendidas pelos centros que efetuam a triagem e encaminhamento para as forças de segurança, INEM, bombeiros e Autoridade Marítima.

A PSP salienta que as causas das chamadas para o serviço 112 mantiveram a tendência no ano passado, com 85% do total de emergências para a área da assistência médica, seguida dos crimes (77.825 chamadas), acidentes rodoviários (54.186) e incêndios (28.791).

O serviço 112 é um contacto de emergência gratuito que funciona 24 horas por dia nos 27 Estados-membros da União Europeia.

Em Portugal, o serviço 112 compreende o centro de coordenação nacional e quatro centros operacionais (Norte, Sul, Açores e Madeira) que garantem o atendimento a nível regional.

A PSP considera ser “muito importante que os cidadãos saibam em que situações podem recorrer ao número de emergência 112” para evitar “o congestionamento da linha por motivos não urgentes”.

Segundo a polícia, constituem emergências a reportar para o 112 as situações que envolvam pessoas em risco de vida e com necessidade imediata de assistência médica, crimes a decorrer ou que acabaram de acontecer no momento da chamada, incidentes graves como inundações, aluimentos, incêndios florestais, acidentes rodoviários com feridos ou que impliquem risco para a circulação e descoberta de crianças e idosos perdidos.

“Em qualquer outra situação, o cidadão deverá contactar diretamente a esquadra ou corpo de bombeiros locais e, nas situações relacionadas com a saúde, deverá ser contactado o SNS 24 através do 808 24 24 24”, indica ainda a PSP.

O 112 é a primeira linha de atendimento em qualquer situação de emergência, seja de saúde, incêndio, segurança ou proteção de pessoas e bens. O serviço é coordenado pela PSP e chamadas reencaminhadas de acordo com a situação de emergência.

CMP // FPA

By Impala News / Lusa

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