Maria Teresa tem 22 anos, sofre de uma doença desconhecida que lhe causa 70 por cento de incapacidade e, devido aos problemas de saúde, cai com regularidade. Começa por perder a força e perde os sentidos. Num desses episódios, em dezembro do ano passado, caiu na rua quando regressava a casa de uma ida ao parque. Em pânico, a mãe ligou para o 112 e explicou a situação. A chamada foi reencaminhada para um segundo operador que teve uma atuação “absolutamente desumana”, lamenta a mãe.

«Disse-me para pegar nela e levá-la eu»

“Expliquei que a minha filha sofria de uma doença rara, que estava inanimada e que precisava de ir urgentemente para o Hospital Santo António, onde é seguida. O segundo operador foi mal-educado e disse para pegar nela e levá-la eu”, lembrou ao Correio da Manhã. Descontente com a forma como foi tratada, decidiu então avançar com uma reclamação pelo sucedido. “É desumano. A minha filha tinha batido com a cabeça e eu não sabia o que fazer ao vê-la naquele estado. Tudo o que precisava quando liguei para o INEM era apoio e compreensão. Faltou-lhes ética, educação, respeito e todas as qualidades humanas esperadas num serviço como o INEM”. Ao mesmo jornal. o INEM garante que foi instaurado um processo de averiguações interno, tendo sido realizada uma audição do profissional envolvido.

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