Mata mãe à fome e fica-lhe com pensão de dois mil euros
Ministério Público acusa-o de homicídio qualificado por abandonar progenitora no quarto, sem comida nem cuidados de higiene.
Isabel Velez, de 82 anos, definhava com a fome, na sua casa em Grândola, enquanto o filho, que devia cuidar dela, passava os dias a ver televisão, no quarto ao lado, com ambientadores que disfarçavam o cheiro que vinha do quarto da mãe.
A mulher, que acabou por falecer a 1 de agosto de 2020 vítima de falência multiorgânica, não saia da cama há pelo menos quatro meses.
O Ministério Público (MP) acusa o filho, Carlos Rosa, de 54 anos de homicídio qualificado. Entende que a morte foi produzida em circunstâncias que revelam “especial censurabilidade ou perversidade”, por a vítima ser mãe do arguido e ser “particularmente indefesa, em razão idade”.
Idosa foi “alimentada” vários meses apenas com água e leite
Segundo o MP, a idosa fazia as necessidade na própria cama após o filho – que ficava com a pensão de cerca de dois mil euros – “alimentá-la” com água e leite. A última vez que terá comprado comida para a mãe, uma sopa, foi em janeiro de 2020.
Tal como escreve o JN, apesar de tudo, foi o filho que deu o alerta às autoridades, quando percebeu que a sua mãe não respirava. A GNR acorreu ao local e entendeu que poderia estar perante um cenário de crime: Isabel estava cadavérica, com escaras pelo corpo, sinal de que não se movia há muito tempo; a metade inferior da cama tinha fezes secas e toda a casa estava imunda.
Se o Tribunal de Setúbal der a acusação como provada, o arguido pode apanhar uma pena de prisão entre 12 e 25 anos (limite máximo em Portugal).
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