Mata mulher à facada e à pedrada após descobrir traição
Tribunal diz ser “muito censurável” crime que arguido cometeu, em Carrazeda de Ansiães, ao encontrar companheira com amante no monte.
O homem que matou a mulher com 16 facadas e com uma pedra, em Carrazeda de Ansiães, no dia 11 de outubro de 2019, foi condenado a 17 anos de prisão.
O arguido também vai ter de indemnizar em 80 mil euros um dos dois filhos, que, na altura do crime, era menor de idade. Foi ainda condenado numa pena acessória que o priva do direito a receber qualquer herança pela morte da companheira, de 44 anos, porque foi considerado indigno.
Abel Lopes, de 55 anos, sentou-se no banco dos réus acusado de um crime de homicídio qualificado, de que foi vítima a companheira, Maria Lopes, e de um crime de homicídio qualificado na forma tentada.
No entanto, o Tribunal de Bragança decidiu desagravar este último e condenou o arguido por um crime de homicídio simples, na forma tentada, cometido contra o alegado amante da mulher. Que vai receber cerca de 3500 euros de indemnização pelos danos sofridos.
«Não há razão para matar»
O tribunal deu como provados “a maioria dos factos constantes da acusação“, como os ferimentos infligidos com uma navalha e uma pedra, que causaram a morte da mulher, e as agressões contra o alegado amante.
Além disso, considerou que a versão do arguido, de que se tratara de um episódio de fúria momentânea, “não é credível”, dadas a duas perícias psiquiátricas a que foi submetido.
O presidente do coletivo de juízes realçou que o arguido, apesar de não ter agido por um “motivo fútil“, é merecedor de uma “censura agravada”, tendo em conta que a violência doméstica é um crime muito censurável.
“Podia ter razão para estar revoltado, podia ter razão para estar magoado e dececionado, mas não há razão para matar. Tudo tem solução na vida, menos a morte. Privou os seus filhos da mãe, encurtou a vida dela e não há nenhuma razão que o justifique. Não é assim que se resolve a mágoa“, afirmou.
Abel Lopes está em prisão preventiva desde que assassinou a mulher e feriu o homem que a acompanhava quando os encontrou num local ermo, à entrada da aldeia de Samorinha, em Carrazeda de Ansiães, e os esfaqueou.
O arguido andava desconfiado que a mulher o traia. Naquela manhã, seguiu-a e acabou por matá-la.
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